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Tragédia que matou jovens na Região Oceânica completa 3 anos

Tragédia na Região Oceânica completa três anos

Carro ficou destruído na tragédia que matou jovens na Região Oceânica | Créditos: Reprodução/Redes sociais

Exatos três anos atrás, em 8 de abril de 2021, uma tragédia deixava em choque a Região Oceânica de Niterói. Três jovens, Gabriel Palmieri Costa Gonçalves, de 19 anos, Emilly de Souza Miranda, também de 19 e Roberta da Costa Miranda Ribeiro, de 17 anos, morreram num violento acidente automobilístico.

Outros dois jovens estavam no carro. Raphael Guerreiro, então com 17 anos, era passageiro e sobreviveu, com ferimentos leves. O outro sobrevivente, o motorista Leonardo Moraes da Silva Pagani, atualmente com 22 anos de idade, foi declarado réu pela justiça, acusado de ter causado o acidente devido à embriaguez ao volante.

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Passado tanto tempo, as famílias das vítimas permanecem agoniadas aguardando a Justiça apontar responsabilidades para o acidente. O processo segue em curso na 2ª Vara Criminal de Niterói. As mães de duas das vítimas, inclusive, atuam na ação judicial como assistentes de acusação.

Tragédia na Região Oceânica completa três anos

Leonardo Pagani é réu no processo – Foto: Reprodução/Redes sociais

Em meados de 2023, a defesa de Leonardo pediu o trancamento da ação judicial. Todavia, o juiz em exercício, Gabriel Stagi Hossmann, negou prontamente o pedido. O magistrado atendeu a manifestação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), autor da ação.

“Ante o exposto, não havendo nos autos nenhuma das hipóteses capazes de autorizar o trancamento da presente ação penal, acolho a promoção ministerial de fl. 331, como razões de decidir, e indefiro o pleito defensivo”, decidiu Hossmann.

Acusação quer ouvir médico

No mesmo despacho, o juiz acolheu pedido da assistência de acusação para que o médico Rafaelli Yamamoto, responsável pelo primeiro atendimento médico a Leonardo, preste depoimento. Ele seria testemunha visual da suposta condição de embriaguez do motorista.

Ainda de acordo com o documento, o depoimento motivou o pedido de trancamento da ação, por parte da defesa. Segundo os representantes de Leonardo, isto iria de encontro ao Código de Ética Médica. Todavia, Hossmann rebateu a tese pois se trata de uma situação de “justa causa”.

“Destarte, considerando que não haverá quebra de sigilo profissional da testemunha de acusação Dr. Rafaelli, não há que se falar em trancamento da ação penal, que é medida excepcional, e possível, somente, quando se encontrar manifestamente ausente justa causa para o seu prosseguimento”, prosseguiu.

Contudo, localizar o médico não está sendo missão fácil para o Poder Judiciário. Apenas na última quarta-feira (3) houve a juntada de ofício com o endereço do profissional da saúde, na cidade de Juquiá, interior de São Paulo, a fim de que ele possa ser intimado a depor. Até esta segunda-feira (8), a intimação não havia sido emitida.

Últimos momentos

A capotagem aconteceu por volta das 23h30, na Estrada Francisco da Cruz Nunes, sentido Região Oceânica, próximo à pastelaria Fla-Flu. Os jovens retornavam para casa após confraternizarem na casa do motorista e jantarem em um restaurante japonês. Leonardo teria pegado o carro, modelo Chevrolet Onix, sem autorização de sua mãe, que seria a proprietária do automóvel.

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Roberta, Gabriel e Emilly, as três vítimas fatais – Foto: Reprodução/Redes sociais

A 81ª DP (Itaipu) investigou o caso e decidiu indiciar Leonardo por homicídio com dolo eventual, pois ele teria assumido o risco de matar os ocupantes do carro ao consumir álcool e também a trafegar em velocidade acima dos 140 km/h. Entretanto, a Justiça optou por denunciá-lo por homicídios culposo na direção de veículo automotor. O réu responde em liberdade.

A reportagem do FOLHA DO LESTE tentou contato com a defesa de Leonardo. Todavia, até o fechamento desta reportagem, não havia sido encaminhada resposta.

 

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