Após a invasão da Favela da Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por traficantes de uma das maiores facções criminosas da cidade, novas medidas foram impostas aos moradores. De acordo com relatos locais, o tráfico proibiu a entrada de motoqueiros na comunidade usando capacetes, visando evitar o retorno de milicianos de forma discreta.
Além disso, segundo testemunhas, carros agora devem circular pelas ruas da Muzema com o pisca-alerta ligado e as janelas abaixadas. Essas medidas, aparentemente, visam dificultar a atuação das milícias no local, que antes dominavam a região.
Os moradores também relataram a instalação de pontos de venda de drogas na comunidade pelo tráfico. Além disso, foi mencionado que o tráfico pretende realizar bailes na área e suspendeu a cobrança de taxas aos moradores.
Durante a invasão, câmeras de segurança foram danificadas, e, nos dias seguintes, houve relatos de inspeção nos telefones celulares dos residentes em busca de contatos relacionados às milícias. Um vídeo circulando nas redes sociais mostrou homens armados circulando na Muzema, enquanto tiros foram ouvidos na favela, embora não haja informações sobre feridos ou mortos.
Procurada, a Polícia Militar afirmou que intensificou o patrulhamento na região, enviando equipes ao local assim que teve conhecimento do ocorrido. A segurança na área permanece uma preocupação tanto para os moradores quanto para as autoridades, diante da mudança no controle da comunidade e dos potenciais conflitos decorrentes dessa transição.