
Torturador em série é preso em Mesquita durante Operação Shamar | Divulgação
Policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti prenderam, nesta terça-feira (12), um torturador em série responsável por crimes de extrema violência contra mulheres. O homem, de 27 anos, foi localizado no bairro Rocha Sobrinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense, durante a Operação Shamar, que combate crimes de violência contra a mulher em todo o país.
As investigações começaram após a denúncia de uma adolescente de 14 anos, que era namorada do agressor. A jovem relatou ter sido levada a um terreno baldio, onde sofreu torturas e agressões com pauladas, inclusive na cabeça, para revelar relacionamentos anteriores. O homem também passou a persegui-la pelas redes sociais e ameaçar sua família, incluindo uma criança de 2 anos.
A vítima contou que já sofria agressões constantes durante o relacionamento, como pauladas e cintadas sem motivo. Além desse caso, o criminoso é investigado por outro inquérito na mesma delegacia, que apura tortura, cárcere privado e ameaças contra duas mulheres de 23 e 17 anos — sendo a mais velha sua ex-companheira e mãe de sua filha.
De acordo com as denúncias, ele mantinha as vítimas presas e aplicava castigos cruéis, utilizando ferramentas quentes, alicate de unha, queimaduras com água fervente e banhos gelados. As agressões eram praticadas na frente da criança.
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A delegada Vanessa Martins, titular da Deam de São João de Meriti, destacou a gravidade dos crimes:
“Ele é um serial agressor e torturador de mulheres. Os atos e comportamentos por ele praticados não dão conta de uma simples agressão física, mas de uma verdadeira aplicação de atos de crueldade contra as vítimas. Os fatos narrados dão conta do uso de madeiradas, pauladas, alicates de unha para cortar as pontas dos dedos das vítimas. Então é um cenário bastante cabuloso. Em sede policial, uma delas afirmou que ele é um torturador, psicopata e macabro”, disse.
A polícia reforça que o acusado é um serial agressor e que a divulgação do caso pode ajudar na identificação de outras possíveis vítimas.