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Tombamento federal preserva paisagem e fortificações de Niterói

Tombamento federal preserva paisagem e fortificações de Niterói, como o Imbuhy | Adler de Castro/Iphan

Tombamento federal preserva paisagem e fortificações de Niterói, como o Imbuhy | Adler de Castro/Iphan

O conjunto histórico formado pelas fortificações do complexo de Santa Cruz, Praia de Fora e Imbuhy, em Niterói, enfim, teve tombamento decretado em âmbito federal nesta terça-feira (03/09). A decisão ocorreu durante a 105ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reforçando a importância histórica dessas estruturas para a defesa do Brasil. Sobretudo, durante o período colonial e imperial.

A medida incluiu a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, assim como o acervo de artilharia e religioso da Capela de Santa Bárbara. De igual forma, o tombamento abrangeu o Reduto do Pico, com pequenas fortificações no Morro do Pico. Também, vários fortes nas proximidades, como o de São Luís.

A decisão inscreveu esse conjunto no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, além do Livro do Tombo Histórico e de Belas Artes.

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Relevância histórica e arquitetônica das fortificações

Todas as fortificações tiveram papel fundamental na defesa do Rio de Janeiro. Desde o período colonial, elas serviram como base para operações militares da coroa portuguesa, principalmente na defesa do território contra invasores estrangeiros. A Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em especial, foi decisiva em conflitos como as guerras holandesas (1599-1663) e as invasões francesas de DuClerc (1710) e Duguay-Troin (1711).

Tombamento federal preserva paisagem e fortificações de Niterói, tais como a Fortaleza de Santa Cruz da Barra | Ana Carolina Pereira/Iphan

Tombamento federal preserva paisagem e fortificações de Niterói, tais como a Fortaleza de Santa Cruz da Barra | Ana Carolina Pereira/Iphan

Arquitetonicamente, esses fortes são exemplares notáveis. O Forte de São Luís, por exemplo, apresenta muralhas de pedra e parapeitos de tijolos no estilo “traçado italiano”. Sua construção entre os morros do Macaco e do Pico demonstra a habilidade técnica da época. Outros exemplos incluem a bateria casamata da Fortaleza de Santa Cruz, que é um dos últimos vestígios da arquitetura de defesa horizontal do século XVIII no Brasil.

Importância cultural e paisagística

Além do valor histórico e arquitetônico, o conjunto fortificado também se destaca pela sua contribuição à paisagem. Posicionado na entrada da Baía de Guanabara, ele complementa o cenário de um dos mais belos sítios históricos do Brasil: o Rio de Janeiro. Desde 2012, esse panorama integra o Patrimônio Mundial da Unesco, reconhecido por sua beleza e importância cultural.

Tombamento federal preserva paisagem e Fortes de Niterói, como o São Luiz | Adler de Castro/Iphan

Tombamento federal preserva paisagem e Fortes de Niterói, como o São Luís | Adler de Castro/Iphan

O acervo militar das fortificações inclui peças de artilharia que datam do século XVII até armamentos utilizados até 1998. Em suma, a coletânea, ilustra a evolução das defesas brasileiras ao longo dos séculos.

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