Rio de Janeiro - Capital

Linha Amarela vira campo de guerra após morte de agente da Core

Agentes da CORE em operação contra produção ilegal de gelo no Rio de Janeiro

Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais participaram da ação que terminou com a morte de um policial civil na Cidade de Deus | Divulgação/Philippe Lima

Um intenso tiroteio interdita Linha Amarela após morte de policial da Core e provoca caos no trânsito do Rio de Janeiro. A cena de guerra começou por volta de 12h20 desta segunda-feira (19), com barricadas em chamas erguidas por criminosos na altura da Cidade de Deus, sentido Fundão.

Os bloqueios atingiram também a Rua Edgard Werneck, usada como rota de fuga por quem tentava escapar da confusão.

O estopim do confronto acabou sendo uma operação da Polícia Civil, realizada na comunidade para localizar os responsáveis pela execução de um agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), morto horas antes.

O barulho dos disparos e o avanço do fogo nas pistas obrigaram o fechamento imediato da via expressa. Motoristas foram pegos de surpresa e o trânsito travou completamente.

Gelo contaminado vira caso de polícia

O agente baleado era o policial civil José Lourenço. Infelizmente o agente acabou sendo atingido na cabeça durante uma ação da Delegacia do Consumidor (Decon). Mesmo socorrido e levado em estado grave ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, não resistiu.

O objetivo da operação era expor uma rede de produção e venda ilegal de gelo contaminado — um risco silencioso espalhado pelas praias da Barra e do Recreio.

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De acordo com a polícia, os alvos da investigação são empresas suspeitas de utilizar água imprópria na fabricação de gelo vendido em quiosques e bares da orla.

Blindado da CORE durante operação policial na Cidade de Deus

Blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais foi usado em operação que terminou com confronto e interdição da Linha Amarela | Divulgação/Philippe Lima

A situação já havia sido denunciada em fevereiro, quando caminhões com gelo contendo coliformes fecais foram apreendidos, segundo laudos da Cedae.

Mais que crime ambiental, ameaça à saúde pública

A ofensiva policial é resultado de uma força-tarefa que envolve a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae e a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais.

Além do perigo para a saúde, a investigação apura uso irregular de água e energia, além de diversas infrações ao Código de Defesa do Consumidor.

Até o início da tarde, a Linha Amarela permanecia com bloqueios parciais.

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