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Teste para HTLV passa a ser indicado para gestantes

Teste para HTLV passa a ser indicado para gestantes

Foto: Fotorech – Pixabay

Em um passo importante para a saúde pública, o Ministério da Saúde ampliou o uso de testes para o diagnóstico do vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) na rede pública. A partir de agora, a tecnologia estará disponível também para gestantes durante o acompanhamento pré-natal.

A medida visa reduzir a transmissão vertical do vírus de mãe para filho, principalmente durante a amamentação. A decisão foi tomada após a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendar a inclusão do teste no programa de triagem pré-natal.

A Conitec avaliou que o exame de sangue, realizado de forma simples e segura, é uma ferramenta eficaz para o diagnóstico do HTLV. Além disso, a utilização do teste no SUS não exigirá grandes investimentos, pois a rede pública já possui os insumos necessários para a sua realização.

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O Ministério da Saúde concedeu às áreas técnicas um prazo de 180 dias para implementar a oferta do teste na rede pública. A pasta também está trabalhando para aprimorar o sistema de notificação compulsória de casos de HTLV em gestantes, parturientes, puérperas e crianças expostas ao risco de transmissão vertical.

A notificação compulsória, obrigatória para profissionais de saúde de serviços públicos e privados, foi instituída em fevereiro deste ano. Essa medida visa auxiliar na estimativa do número de pessoas infectadas pelo vírus, na definição das necessidades de insumos e na qualificação da rede de atenção à saúde para o atendimento dessa população.

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O HTLV, da mesma família do HIV, foi descoberto na década de 1980. O vírus ataca principalmente as células do sistema imunológico, comprometendo sua capacidade de defender o organismo.

A infecção pelo HTLV está associada a diversas doenças graves, como leucemia, linfoma de células T do adulto (ATLL) e mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM). O vírus também pode causar manifestações menos graves, como dermatite infecciosa, uveíte, síndrome de sicca, ceratite intersticial, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, miosite e artrite.

O tratamento para o HTLV é direcionado de acordo com a doença específica causada pelo vírus. Os pacientes devem ser acompanhados por serviços de saúde e, quando necessário, encaminhados para serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce das doenças associadas ao vírus.

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Estima-se que mais de 800 mil pessoas estejam infectadas pelo HTLV no Brasil. A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo e pelo compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas.

O HTLV também pode ser transmitido verticalmente, de mãe para filho. A principal forma de transmissão vertical é através da amamentação, embora também possa ocorrer durante a gestação e no parto.

Enfim, o Ministério da Saúde tem como meta eliminar a transmissão vertical do HTLV até 2030. Assim, essa meta está alinhada às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

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