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A cidade do Rio de Janeiro viveu um dia de terror e violência nesta segunda-feira (23), após ataques de milicianos tomando ruas, realizando barricadas, queimando ônibus, carros e trem. Os criminosos, que agiram em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, aterrorizaram a população e deixaram a cidade em estado de choque.
Os ataques começaram por volta das 15h e se espalharam por diversas regiões da Zona Oeste, incluindo Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Paciência. Os criminosos atearam fogo em pelo menos 35 ônibus, sendo 20 de frotas municipais, cinco BRTs e outros de turismo e fretamento. Também foram incendiados um trem da SuperVia e três carros de passeio.
O caos foi total. Os incêndios provocaram enormes congestionamentos e dificultaram o deslocamento da população. As escolas também foram afetadas, e as aulas foram suspensas em 45 unidades municipais e uma estadual.
Diante da severa gravidade da situação, o município do Rio entrou em estágio de mobilização, às 18h40.
Nesse ínterim, o governador Cláudio Castro se pronunciou sobre o caso e chamou os criminosos de “terroristas”.
Hoje, demonstramos um duro golpe na maior milícia da Zona Oeste. Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários. O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado!, disse o governador Cláudio Castro.
Do mesmo modo, o governador disse ainda:
“O estado não será tomado por criminais. Nosso plano de contingência já está em ação desde cedo. Amanhã será um dia de muito mais ordem”, disse Castro em pronunciamento no Palácio Guanabara, na Zona Sul do Rio.
Ainda nesta segunda-feira, a Polícia Militar prendeu 12 criminosos envolvidos nos ataques. A princípio, os detidos vão para presídios federais.
Em suma, o terror vivido pela população do Rio de Janeiro nesta segunda-feira reflete a violência que assola a cidade. Logo, a ação dos milicianos se trata de contra-ataque frontal às instituições, de modo inaceitável.
FAUSTÃO
Em um tiroteio nesta segunda-feira, o sobrinho do miliciano Zinho, Matheus da Silva Rezende, o Faustão, acabou morto, na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
O confronto envolveu policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). Faustão, que apontado como o número 2 na hierarquia da milícia da região, chegou a receber socorro pelos agentes. Todavia, apesar de levado para o Hospital Municipal Pedro II, ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
