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Terremoto no Marrocos deixa mais de 2 mil mortos

Terremoto no Marrocos deixa mais de 2 mil mortos

Foto: AFP

Mais de duas mil pessoas perderam a vida em um trágico terremoto que atingiu o território marroquino na noite de sexta-feira, de acordo com informações do Ministério do Interior do país. O abalo sísmico, de magnitude 6.8, deixou também 2.059 pessoas feridas, com 1.404 delas em estado extremamente grave, conforme relatório divulgado no sábado.

As províncias de Al Haouz e Tarudant, situadas ao sul de Marrakesh, foram as mais afetadas pela tragédia. Apenas na província de Al Haouz, 1.293 pessoas perderam a vida, enquanto em Tarudant o número de mortos foi de 452, de acordo com comunicado do ministério.

Na pequena vila de Moulay Brahim, situada nas montanhas do Alto Atlas, todos os habitantes estão cientes da devastação ocorrida. Lahcen, um morador local, perdeu sua esposa e seus quatro filhos no terremoto. “Eu perdi tudo”, admite ele, desolado no posto de saúde da localidade. Até o momento, os socorristas não conseguiram retirar os corpos de sua esposa e de um de seus filhos dos escombros da casa que desabou. Os corpos dos outros dois filhos já foram resgatados.

“Tudo que eu quero agora é me afastar do mundo e lamentar minha perda”, desabafa Lahcen, que estava fora de casa quando o terremoto ocorreu.
Até o momento registram-se 1.037 mortes e 1.204 feridos, segundo o Ministério do Interior. A imprensa marroquina afirma que este é o terremoto mais devastador já registrado no país.

Mais de metade das vítimas, 542 pessoas, foi registrada na província de Al Haouz, epicentro do terremoto e onde se encontra Moulay Brahim. Equipes de resgate continuam em busca de sobreviventes nos destroços da vila, que teve dezenas de mortes.

Enquanto os moradores de Moulay Brahim cavam sepulturas em uma colina, Hasna, uma moradora local, está sentada à porta de sua casa, profundamente chocada com a tragédia.

“Embora minha família esteja a salvo, todo o vilarejo chora por seus filhos. Muitos vizinhos perderam parentes. É uma dor indescritível”, lamenta ela.
Bouchra, nas ruas da cidade, enxuga as lágrimas enquanto observa seus vizinhos cavando sepulturas.
“Os filhos da minha prima morreram”, lamenta. “Vi a devastação causada pelo terremoto ao vivo e ainda tremo até agora. Foi como se uma bola de fogo tivesse devorado tudo em seu caminho”, relata Bouchra.
Lahcen Aït Tagaddirt também sofreu a perda de dois sobrinhos, de 6 e 3 anos.
“É a vontade de Deus”, diz ele, vestido com a tradicional túnica, lamentando a dureza da vida nessa região montanhosa. “Não temos nada aqui”.

Brasileiros no Marrocos

A Embaixada do Brasil em Rabat, capital do Marrocos, informou que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas do terremoto.
A nota publicada pela Embaixada presta solidariedade ao povo marroquino e afirma que a situação está sendo acompanhada de perto. Porém, não há informações claras sobre brasileiros desaparecidos.
O Estadão entrou em contato com a Embaixada, mas ainda não obteve retorno.
*Com informações da AFP
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