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Primeiramente, é importante reconhecer que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio que, embora seja amplamente conhecido, também enfrenta estereótipos e mal-entendidos.
Muitas vezes, o TDAH é romantizado ou alvo de brincadeiras quando alguém é rotulado como ‘desatento demais’ ou ‘muito hiperativo’.
No entanto, é fundamental compreender que o TDAH é uma condição médica séria que pode impactar significativamente a vida daqueles que a vivenciam.
Neste contexto, vamos explorar de maneira precisa e respeitosa o que realmente significa viver com o TDAH e como isso afeta a vida das pessoas.
Nossa convidada de hoje a neuropsicóloga Rosângela Batista, vai nos ajudar a esclarecer algumas questões sobre o TDAH.
Bem vinda Rosângela e agora é com você!
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Rosângela Batista, neuropsicóloga pela USP e especialista em TDAH pelo CBI of Miami, é uma autoridade no campo do TDAH. Imagem: Arquivo Pessoal
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um complexo distúrbio neuropsiquiátrico que afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar. Este transtorno é caracterizado principalmente por três grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade, e geralmente se manifesta na infância, continuando a influenciar a vida do indivíduo em sua jornada adulta.
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Causas e Classificação:
O TDAH é um transtorno de causas multifatoriais, envolvendo fatores genéticos, familiares, biológicos e psicossociais.
Ele se apresenta em diferentes formas, sendo classificado em quatro tipos principais:
1. Tipo Desatento: Caracterizado por dificuldades em manter a atenção, frequentes erros por desatenção, evitação de tarefas que exigem esforço mental prolongado e esquecimento de atividades diárias.
2. Tipo Hiperativo/Impulsivo: Neste tipo, a hiperatividade e impulsividade predominam. Pessoas com este perfil tendem a ser inquietas, mover as mãos e os pés constantemente, ter dificuldade em permanecer sentadas e falar em excesso. Além disso, podem responder perguntas antes mesmo de serem formuladas e interromper conversas.
3. Tipo Combinado: Engloba sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, sendo o tipo mais comum de TDAH.
4. Tipo Não Específico: Quando os sintomas não se encaixam perfeitamente em nenhum dos tipos anteriores.
Diagnóstico e Avaliação:
O diagnóstico do TDAH requer uma avaliação médica, educacional e neuropsicológica detalhada. Conforme os critérios do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), são necessários nove sinais de desatenção e nove de hiperatividade/impulsividade, presentes por mais de seis meses em dois ou mais ambientes, além do início dos sintomas antes dos 12 anos.
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Tratamento e Abordagem:
O tratamento do TDAH é multifacetado e pode incluir:
- Medicação: O uso de medicamentos, como estimulantes ou não estimulantes, pode ajudar a melhorar a atenção e reduzir a impulsividade e a hiperatividade. A resposta a esses medicamentos varia de pessoa para pessoa, e a dosagem deve ser individualizada e monitorada por um profissional de saúde.
- Terapia Comportamental: Terapias comportamentais, como terapia cognitivo-comportamental, podem ser benéficas para aprender estratégias de autogerenciamento e habilidades sociais.
- Suporte Educacional: É essencial fornecer um ambiente de aprendizado adaptado às necessidades da pessoa com TDAH. Isso pode incluir adaptações escolares, como tempos extras para tarefas e exames.
Impacto na Vida Cotidiana:
O TDAH pode impactar significativamente a vida acadêmica, profissional e pessoal.
Adultos com TDAH podem enfrentar desafios em suas carreiras, relacionamentos e bem-estar emocional.
É importante reconhecer esses desafios e buscar apoio adequado.
Em suma, o TDAH é um transtorno complexo que afeta diversas áreas da vida de quem o tem.
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Com o diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, as pessoas com TDAH podem aprender a gerenciar seus sintomas e alcançar uma melhor qualidade de vida.
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Imagem: Arquivo Pessoal
A conscientização e a compreensão desse transtorno são cruciais para fornecer o suporte necessário às pessoas que convivem com o TDAH.”
Muito obrigada pelos esclarecimentos Rosângela!
Os contatos para quem quiser saber mais:
https://mundoneuropsi.com.br/
https://www.instagram.com/mundo.neuropsi/
E para quem não sabe, eu sou mais uma das milhares de pessoas que convivem com o TDAH.
Não é fácil, mas saber lidar e principalmente aceitar a condição nos ajuda bastante.
Por hoje é só pessoal! Até a próxima, beijo e tchaau!!