
Tarifaço de Trump ameaça economia do RJ, e Castro reage com grupo de trabalho | Divulgação/Governo do Estado do Rio
O tarifaço de Trump ameaça economia do RJ e acendeu o alerta no Palácio Guanabara. Para tentar conter os impactos da sobretaxa americana, o governador Cláudio Castro (PL) determinou a criação de um grupo de trabalho. O objetivo é claro: elaborar estudos que quantifiquem as perdas e tracem estratégias para proteger a balança comercial fluminense.
O anúncio da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, feito pelo ex-presidente Donald Trump, deve começar a valer em agosto. O Rio de Janeiro, que em 2024 exportou mais de US$ 7,4 bilhões aos Estados Unidos — especialmente petróleo refinado e aço semimanufaturado — pode ser um dos estados mais afetados.
“O Rio de Janeiro é o segundo maior estado exportador para os EUA, especialmente petróleo refinado e semimanufaturados de ferro e aço. No ano passado, foram U$ 7,4 bilhões em produtos vendidos para aquele país. Com os estudos do grupo de trabalho, vamos não só avaliar os efeitos dessa medida na economia fluminense, mas também criar formas e meios de minimizar os impactos causados para o Rio”, afirmou Castro.
O grupo será coordenado pela Casa Civil e reunirá secretarias estratégicas, como Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval. Representantes do setor produtivo também serão convocados para contribuir com sugestões e dados.
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A secretária Fernanda Curdi, que comanda a pasta de Desenvolvimento Econômico, já começou a agendar reuniões com os segmentos mais vulneráveis e empresas potencialmente prejudicadas.
Nos bastidores, há preocupação com possíveis retaliações adicionais. Trump, em carta polêmica ao presidente Lula (PT), acusou o Brasil de “censura injusta” às redes sociais e afirmou que qualquer resposta brasileira à medida será punida com tarifas extras.
“Se por qualquer razão vocês decidirem aumentar suas tarifas, o valor que escolherem será somado ao valor que cobramos”, escreveu Trump na plataforma Truth Social.
Empresários do setor petrolífero e metalúrgico pedem respostas rápidas. Segundo fontes do governo, os primeiros relatórios técnicos serão entregues ainda neste mês.