Quatro corpos de traficantes suspeitos de envolvimento na morte dos médicos encontrados pela Polícia Civil. A descoberta ocorreu na noite de quinta-feira (5) em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Investigações apontam para o envolvimento do tribunal do tráfico do Complexo da Penha.
A facção Comando Vermelho estaria descontente com a repercussão do caso. Antes da execução, uma reunião com a alta cúpula da organização criminosa teria acontecido na Vila Cruzeiro.
Os corpos foram encontrados em dois carros rebocados para a Delegacia de Homicídios da Capital. A polícia já identificou dois dos suspeitos, um deles sendo o conhecido miliciano Philip Motta Pereira, o Lesk.
“Cenas fortes: Cena do crime minutos após o ocorrido”
Outro suspeito conhecido é Ryan Nunes de Almeida, integrante do grupo liderado por Lesk chamado “Equipe Sombra”. Os outros dois corpos ainda serão identificados.
Os médicos foram atacados a tiros por criminosos enquanto estavam em um quiosque na Praia da Barra. A principal linha de investigação sugere que um dos médicos tenha sido confundido com um miliciano.
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O miliciano em questão é apontado como líder da milícia que atua na região de Rio das Pedras, Muzema, Gardênia Azul e adjacências. A disputa territorial entre milicianos e traficantes do Comando Vermelho tem sido fator de conflito em diversas comunidades do Rio de Janeiro.
Perseu Almeida, uma das vítimas, era especialista em cirurgia do pé e tornozelo e estava animado com a viagem ao Rio de Janeiro para o Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva.
O carro utilizado pelos criminosos foi rastreado pelas autoridades, que identificaram sua passagem pela comunidade da Cidade de Deus. Traficantes do Comando Vermelho atuam na região e a utilizam como base em disputas territoriais contra milicianos.
Parente de deputados do Psol
Uma das vítimas, o médico ortopedista, Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35 anos, tem parentesco com dois deputados federais do Psol: a irmã Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o cunhado Glauber Braga (PSOL-RJ).
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