SUS oferece novos tratamentos para endometriose com DIU e desogestrel | Tomaz Silva/Agência Brasil
Mulheres com endometriose passam a ter acesso gratuito a dois novos tratamentos hormonais no Sistema Único de Saúde (SUS). As terapias com DIU liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e desogestrel foram incorporadas à rede pública após recomendação da Conitec.
Segundo o Ministério da Saúde, o DIU-LNG atua suprimindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero. A troca do dispositivo é exigida apenas a cada cinco anos. A pasta destaca que isso aumenta a adesão ao tratamento e reduz os sintomas em mulheres com contraindicação a anticoncepcionais orais combinados.
O desogestrel, por sua vez, é um anticoncepcional oral que bloqueia a atividade hormonal, evitando a expansão da doença. O uso pode ser iniciado mesmo antes da confirmação por exames, como primeira linha de cuidado clínico.
Para disponibilizar os métodos nos postos, o SUS ainda precisa atualizar o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose.
Entenda a endometriose
A endometriose é uma inflamação crônica provocada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, alcançando órgãos como ovários, intestino e bexiga. Os principais sintomas são:
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Cólica menstrual intensa
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Dor pélvica contínua
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Dor durante relações sexuais
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Infertilidade
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Sintomas intestinais e urinários cíclicos
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% das mulheres e meninas em idade fértil no mundo sofram com a doença — mais de 190 milhões de pessoas.
Casos aumentam no Brasil
O número de atendimentos por endometriose aumentou 30% na atenção primária do SUS entre 2022 (115 mil) e 2024 (144,9 mil). Já nos serviços especializados, o crescimento foi de 70%: de 31.729 atendimentos em 2022 para 53.793 em 2024.
Nos últimos dois anos, foram 85,5 mil atendimentos especializados e 34,3 mil internações, uma alta de 32% desde 2022.
A oferta dos novos tratamentos busca ampliar o cuidado e aliviar o sofrimento das pacientes, conforme destacou a pasta.
