
A superstição da sexta-feira 13 sob o olhar da cultura, ciência e medo coletivo | Reprodução
Acidentes misteriosos, dias repletos de energia estranha e até lendas antigas colocam a superstição da sexta-feira 13 no topo do calendário do medo. Para uns, é só mais um dia. Para outros, um aviso para evitar decisões, espelhos quebrados e gatos pretos cruzando o caminho.
O que torna esse dia tão assustador?
Misturar uma sexta-feira com o número 13 não foi ideia do acaso. A origem dessa junção remonta a três momentos cruciais da história:
– Na Bíblia, a Última Ceia contou com 13 pessoas. Pouco depois, Jesus foi crucificado… numa sexta.
– No panteão nórdico, Loki chegou de penetra a um banquete em Valhalla como o 13º convidado. Resultado: tragédia.
– Em 1307, na sexta-feira 13 de outubro, a Igreja prendeu os Cavaleiros Templários por heresia. Coincidência?
Esses eventos moldaram o medo coletivo. O número virou símbolo de desequilíbrio e azar, desafiando o conforto dos “doze” perfeitos — meses, signos, horas, tribos.
Por que o 13 incomoda tanto?
A triskaidekaphobia é real. O termo nomeia o medo irracional do número 13 — e ele influencia o mundo de forma concreta. Muitos edifícios evitam o 13º andar, hotéis pulam o quarto 13 e aviões ignoram a fileira 13. O motivo? Gente que acredita demais no azar.
Na numerologia, o 13 foge do padrão. Ele interrompe a harmonia do número 12, considerado completo. Por isso, carrega a fama de imprevisível e perigoso.
Jason, Hollywood e o terror que vende
A cultura pop ajudou a eternizar o medo. A franquia Sexta-feira 13, com Jason Voorhees e sua máscara icônica, consolidou o 13 como data maldita. Filmes, jogos, músicas e memes reforçaram o estereótipo.
E quando o entretenimento alimenta uma crença, ela cresce. Hoje, a sexta-feira 13 se tornou uma das datas mais referenciadas no universo do terror.
A ciência tem algo a dizer?
Sim. Estudos mostram que a crença pode afetar o comportamento. Pessoas evitam sair, tomar decisões, viajar ou trabalhar nesse dia. E tudo por causa da superstição da sexta-feira 13.
Entretanto, não há dados concretos que apontem aumento real de tragédias nessa data. Mas o medo coletivo influencia, sim, a forma como muita gente vive o dia.
Curiosidades que você talvez não saiba
– O calendário pode apresentar até três sextas-feiras 13 no mesmo ano.
– No tarô, a carta 13 representa a morte — símbolo de transformação.
– Em países latinos como Espanha e Argentina, o azar recai sobre a terça-feira 13.
Afinal, é azar ou invenção?
Depende de onde você olha. Para os céticos, o dia virou lenda. Para os supersticiosos, ainda exige cuidados: incenso aceso, amuleto no bolso e espelho bem guardado.
Entre crença e folclore, a sexta-feira 13 segue influenciando gerações. Mesmo sem provas, ela continua despertando respeito. Porque, no fim das contas, o medo do invisível assusta mais do que qualquer realidade.






























