
Suel: o ex-bombeiro milionário, parça de Ronnie Lessa. Foto: Reprodução
Preso nesta segunda-feira durante a Operação Élpis, conduzida pelo Ministério Público do Rio e a Polícia Federal, o ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, já havia sido detido anteriormente, em 2020. Ele é apontado como cúmplice do ex-sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. As investigações apontam que Suel ajudou no descarte das armas utilizadas no crime por parte de Lessa.
Segundo a acusação, o ex-bombeiro teria disponibilizado um veículo para a quadrilha de Lessa esconder as armas por uma noite, imediatamente após a prisão do sargento em março de 2019. Posteriormente, um dos comparsas do grupo, Josinaldo Freitas, conhecido como Djaca, teria recolhido as armas e as jogado no mar para evitar a apreensão. A polícia suspeita do uso de uma dessas armas possa na ação contra Marielle e Anderson. O veículo cedido por Suel estava estacionado no pátio de um supermercado na Barra da Tijuca.
Além disso, as investigações apontam que Suel tentou plantar falsas testemunhas para ocultar a propriedade do veículo, porém, a farsa foi desmascarada. Durante sua primeira prisão, realizaram-se buscas e apreensões em sua mansão. Um dos alvos, inclusive, sua BMW-X6, avaliada na época em quase R$ 200 mil. Na garagem de sua residência de luxo, localizada em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, os policiais também encontraram uma lancha.
Ostentação
Nas redes sociais, Suel exibia frequentemente seu estilo de vida luxuoso, compartilhando fotos de momentos de lazer, como aproveitando uma piscina em sua residência avaliada em quase R$ 2 milhões, acompanhado de um cordão dourado. Outras imagens mostravam o ex-sargento em uma lancha desfrutando de um dia ensolarado no mar. Suel seria o melhor amigo de Ronnie Lessa, junto com o ex-PM Écio Queiroz. Ele socorreu Lessa durante um tiroteio no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, logo após os assassinatos de Marielle e Anderson.
O ex-bombeiro já tinha condenado a quatro anos de prisão por obstruir as investigações sobre a morte da vereadora e de seu motorista. Ele estava cumprindo pena em regime aberto até acabar novamente detido durante a Operação Élpis.
[…] Andrei Rodrigues, “essa pessoa (Maxwell Corrêa, o Suel) participou ativamente do acompanhamento e vigilância da vereadora, além de ter desempenhado um […]