A Prefeitura de Maricá, por meio da autarquia Serviços de Obras (Somar), promoveu nesta sexta-feira (14/07) uma palestra sobre controle Biológico de Pragas a partir da utilização do parasita “Trichogramma pretiosum”. A capacitação aberta ao público aconteceu na horta comunitária do Condado, localizada na Rua Bétula, s/n, no Condado, e foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Mauri Lima Filho, especializado em entomologia.
O especialista explicou que, ao liberar na lavoura pequenas vespas da espécie “Trichogramma pretiosum”, os insetos depositam seus ovos nos ovos dos lagartos parasitas (mariposa ou borboleta). Ao invés de virar lagarta, o inseto se transforma em uma vespa, colonizando a área cultivada.
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“O objetivo é levar a tecnologia mais saudável para o produtor. Na agricultura orgânica e ecológica se trabalha com esses agentes biológicos, inimigos existentes na natureza e que também podem ser produzidos em laboratórios. A ciência desenvolve técnicas para produzi-los em grande quantidade para atuar antes que a praga alcance um nível de causar dano econômico”, explicou Mauri Lima.
O coordenador de conservação da Somar, Charles Carvalho, disse que a capacitação agrega, não só para o conhecimento de sua equipe que cuida da lavoura de aproximadamente quatro mil metros, mas também para a população que possui pequenas hortas em casa.
“Prezo muito por essa horta comunitária que atende muitas pessoas, em especial crianças em escolas. Hoje temos uma creche sendo construída ao lado de nossa plantação. É bom também para os moradores porque têm muitas pessoas que produzem na sua própria casa e vão aprender a lidar com a praga que, em alguns casos, foge do controle do morador”, ponderou Carvalho.
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Atenta à palestra, Elizete Coelho, de 65 anos, aproveitou para sanar algumas dúvidas. “Como agora estou me dedicando à agricultura, tenho interesse nesse tema para controlar as pragas que estão aparecendo no maracujá que tenho em casa. Vi que tem a solução para o meu problema. Então, o curso está me ajudando bastante”, contou a professora aposentada que mora no bairro da Gamboa.
Também concentrada nas explicações, a cozinheira Silvia Cristina, de 49 anos, aprovou a iniciativa. “Não sabia dessa técnica natural para ter um controle sem usar veneno na horta. Tenho plantação de cana-de-açúcar, banana, hortaliças e abóbora. Gosto bastante desses cursos porque aprendemos muito”, avaliou Silvia moradora de Pindobal.