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Sítio pedagógico cultiva alface sem agrotóxicos e promove inclusão em São Gonçalo

Sítio pedagógico cultiva alface sem agrotóxicos e promove inclusão em São Gonçalo | Divulgação/Renan Otto/Prefeitura de São Gonçalo

Em São Gonçalo, a produção de alface sem agrotóxicos virou sinônimo de resistência e inclusão. Aos 70 anos, o engenheiro agrônomo Antonio Henrique Nunes Oliveira lidera o Sítio Pedagógico Folhas Tenras, em Ipiíba. Com cultivo natural, ele fornece hortaliças para escolas e também acolhe pessoas em vulnerabilidade por meio de um projeto social.

Durante a pandemia, Seu Antônio trocou os atacados pelas entregas diretas. Hoje, colhe o reconhecimento. Suas hortas abastecem escolas estaduais e ensinam crianças sobre cultivo sustentável.

Projeto social e congresso em Londres

Em 2018, ele criou o Projeto Raiz. Começou oferecendo três vagas gratuitas para participantes de escolas públicas, CRAS e até presídios. O objetivo: dar voz a quem a sociedade costuma ignorar.

“A ideia que eu tive foi dentro dos projetos existentes em escolas, CRAS, presídios, e ofereci três vagas gratuitas, para dar oportunidades às pessoas de entenderem o que vem da terra. Assim, abrimos um espaço de escuta e atenção para pessoas em quem, muitas vezes, a sociedade não acredita”, relata Antônio.

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Um dos voluntários do projeto chegou a representar o sítio em um congresso internacional, em Londres.

Sítio pedagógico cultiva alface sem agrotóxicos e promove inclusão em São Gonçalo | Divulgação/Renan Otto/Prefeitura de São Gonçalo

Educação ambiental na prática

O sítio virou também sala de aula. Recebe visitas escolares e oferece oficinas que explicam, na prática, como se planta sem veneno. Crianças e adolescentes aprendem a reconhecer o tempo da terra.

Além do alface, ele cultiva manjericão, salsão e basílico. A irrigação é feita com técnica, respeitando o ciclo das plantas. Dependendo da espécie, a colheita leva cerca de 60 dias.

Próximo passo: reflorestamento

Seu novo plano é transformar parte do terreno em viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica. Ele quer doar as plantas e estimular a recuperação ambiental em São Gonçalo e arredores.

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