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Símbolo do carnaval, Preto Joia apresenta canções inéditas

Foto: Reprodução da internet

Quando se fala em carnaval, muitos nomes diretamente ligados à festa do povo vêm à mente. E um deles é o de Preto Joia, carnavalesco com participação por anos na folia e que até hoje é lembrado por sambas de sucesso pela Imperatriz Leopoldinense. Se em 2024 ele não está na Marquês de Sapucaí, o artista aproveitou a folia para lançar duas canções inéditas. “Beba Água” e “Pedindo Perdão”.

A primeira canção fala sobre os benefícios de beber água diariamente. Com uma pegada suave, enaltecendo os benefícios de se hidratar, a letra até cita que ela “revigora o corpo e o coração”. Em conversa com a Folha do Leste, o carnavelesco explica como surgiu a composição.

“Sem água os seres humanos e os animais não vivem. Na verdade, o mundo não vive sem. Ela é uma substância necessária para os rins, pulmão, coração, cérebro e para todo o corpo. Quando eu a compus, sozinho, foi pensando em conscientizar as pessoas sobre a importância de beber muita água. Até porque se não bebermos, nosso organismo não funciona”, comentou.

O clipe está logo abaixo.

Sobre “Pedindo Perdão”, esse trabalho conta com outros parceiros na composição, como Beto Moreno e Carlinho Tambá. Além de auxiliar na letra, Preto também assina a produção, que conta com o arranjo de Paulista e a participação de Carlinhos Sete Cordas.

A música fala sobre a traição de um homem e que depois se arrepende do adultério. Preto explica que a música se baseia em um fato envolvendo um dos autores do samba e que, embora o lançamento seja recente, a letra já tem 20 anos que foi composta.

“Essa foi uma sacada muito boa que o Beto Moreno, o Carlinhos e eu tivemos. Há um tempo, o Beto teve um relacionamento, que era legal e estável. Só que ele cometeu um deslize, e quando imaginou que nada ia acontecer teve uma pessoa que o dedurou para a esposa. O relacionamento acabou, mas na época não houve um pedido de perdão porque ele pensou que isso iria passar e a situação voltaria ao normal. Mas isso não aconteceu e cada um foi para um lado. Depois de 15, 20 anos dessa situação, ele pediu perdão. Mas um pouco antes desse pedido, houve a criação da letra. Mas só agora é que tivemos a oportunidade de gravá-la”, explica.

Títulos pela Imperatriz e opinião sobre o futuro da Liesa

Com 66 anos de vida – faz 67 em outubro -, Amauri Bonifácio de Paula, nome de certidão do sambista, tem uma carreira de décadas dedicada ao carnaval. Com passagens por inúmeras escolas do Rio e de São Paulo, Preto não está na folia deste ano. Mas segue acompanhando tudo o que ocorre na Marquês de Sapucaí.

E é impossível falar da trajetória do carnavalesco sem citar as conquistas pela Imperatriz Leopoldinense, Com a agremiação de Ramos, Preto conquisto cinco títulos: quatro vezes no Grupo Especial (1989, 94, 95 e 99) e uma no antigo Grupo de Acesso, atual Série Ouro, em 2020.

Preto é sincero ao falar de divergências na última passagem, embora não diga quais, Mas reafirma o carinho pela agremiação campeã em 2023 e que, segundo jornalistas, é uma das favoritas neste ano.

“Com a Imperatriz eu tive momentos maravilhosos. Foi uma caminhada de vitórias como cantor oficial em três títulos, 94, 95 e 99, e me considero campeão em 1989, junto com o Dominguinhos, pois fui um dos compositores do samba “Liberdade, Liberdade”. Passei por outros escolas do Rio e de São Paulo, voltei em 2007 e 2008, saí mais uma vez e retornei em 2020 conquistando o título e deixei a escola no ano seguinte. Ela foi a escola que me deu a chance pro samba, tenho um carinho e um respeito enormes por toda a família Drummond. Preferi me afastar por discordar de algumas coisas. Fico com o coração sentido por imaginar que podia estar lá pra somar, mas o meu coração sempre vai torcer pela Imperatriz”, reconhece.

Sobre o futuro da Liesa, que deve ter a candidatura de Gabriel David, filho de Anísio Abraão David, patrono da Beija-Flor, para a presidência da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Preto vê com bons olhos a candidatura dele para o cargo e até sugere coisas para a participação popular no evento ser maior.

“Não sei se terão outras chapas ou será candidatura única, mas concordo com tudo o que é favorável ao carnaval e às escolas de samba. Que ele faça coisas para os menos favorecidos, aqueles que gostariam de assistir os desfiles e não têm condições financeiras para comprar um ingresso. Esse pessoal mais pobre também precisa ter essa oportunidade”, conclui.

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1 Comentário

  1. […] Vanucci morreu em dezembro de 2020 por problemas cardíacos aos 69 anos. No desfile de 1999, a campeã foi a Imperatriz Leopoldinense com o samba composto por Preto Joia. […]

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