À medida que setembro se aproxima, o cenário mundial se ilumina com a cor amarela, simbolizando um mês dedicado a uma causa vital: a prevenção do suicídio.
Setembro Amarelo é um movimento global que visa aumentar a conscientização sobre a importância da saúde mental e promover a compreensão de que a prevenção do suicídio é uma responsabilidade de todos nós.
É um período para refletirmos sobre as estatísticas alarmantes e as histórias pessoais que moldam essa questão, e também uma oportunidade de ouvir especialistas, como a psicóloga Mariana Zieza, que nos ajudarão a entender como podemos fazer a diferença na vida de quem enfrenta desafios emocionais e mentais.
Neste artigo, exploraremos o Setembro Amarelo e as perspectivas valiosas de Mariana Zieza sobre a prevenção do suicídio.
Obrigada por aceitar o convite e agora é com você!
“Por muito tempo, o silêncio envolveu o assunto delicado do suicídio, temendo que a discussão pudesse desencadear um contágio preocupante, conhecido como “Efeito Werther”.
No entanto, hoje, compreendemos que falar abertamente e elevar a consciência são pilares fundamentais na prevenção.
Estatísticas Alarmantes
Dados atualizados revelam que os casos aumentaram 43% no Brasil em uma década, passando de 9.454, em 2010, para 13.523, em 2019.
Entre os adolescentes, o aumento foi ainda mais alarmante, atingindo 81%, indo de 3,5 suicídios por 100 mil adolescentes para 6,4.
Nos casos envolvendo menores de 14 anos, houve um aumento dramático de 113% na taxa de mortalidade por suicídios de 2010 a 2013, fazendo do suicídio a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Os números são preocupantes e destacam a urgência de abordar esse problema de saúde pública.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que, a cada dia, 38 pessoas tiram a própria vida no Brasil. Além disso, para cada caso de suicídio, há até 20 tentativas frustradas.
A Importância da Conscientização e Prevenção:
O suicídio é uma resposta permanente para problemas temporários.
É um momento de desespero profundo e de desesperança. No entanto, é fundamental lembrar, que não precisamos passar por momentos difíceis sozinhos.
Perceber isso, e buscar ajuda, não é sinal de fraqueza, e sim, de saúde mental.
O suicídio é multifatorial, não se limitando apenas às lutas contra a depressão. Nossa saúde física, mental e relações interpessoais são partes interligadas de nossa existência.
Identificando Sinais:
Existem grupos mais vulneráveis e pessoas que enfrentam situações difíceis.
Poderia ser qualquer um de nós. Portanto, a empatia é essencial. Precisamos retomar o olhar para as pessoas, enxergar além das palavras, observar mudanças de comportamento, isolamento, alterações no apetite, aumento da agressividade, e, crucialmente, prestar atenção ao que a pessoa expressa.
Se alguém fala sobre desejos de morte, falta de ânimo e desinteresse contínuo, esses são sinais de um pedido de ajuda
Momentos Críticos:
“Momentos de transição, como a adolescência e a velhice, são períodos em que a vigilância deve ser redobrada.
Essas fases frequentemente trazem mudanças significativas. Para os adolescentes, é a hora de se distanciar das brincadeiras e enfrentar as novas responsabilidades, para a construção da autonomia.
Já para os idosos, tem a chegada da aposentadoria e a saída dos filhos de casa, o que pode levar a uma sensação de inutilidade. Essas etapas desativam a busca por novos propósitos e propósitos na vida.
Não Generalizar o Sofrimento:
É crucial não generalizar o sofrimento. Cada indivíduo lida de maneira única com suas dores. Julgar ou minimizar tais sentimentos é contraproducente e prejudicial.
Recursos de Ajuda:
Se precisar, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV) através do número 188. Eles oferecem apoio emocional e prevenção do suicídio, de forma voluntária e confidencial, 24 horas por dia, todos os dias.
Muito obrigada pelos esclarecimentos Mariana.
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Por hoje é só pessoal, até a próxima e tchaaau!!