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Sequestro de ônibus no Rio: história rotineira

Sequestro de ônibus no Rio

Sequestro de ônibus no Rio: coletivo usado como barricada, na Baixada Fluminense | Reprodução TV Globo

Sequestro de ônibus no Rio de Janeiro  e regiões próximas não se tratam de um fato isolado, mas sim um pesadelo recorrente que assombra a população. A cada dia, a cena se repete: bandidos armados tomam coletivos. Desse modo, transformam o trajeto diário de passageiros e trabalhadores do setor rodoviário em viagens repletas de medo, insegurança e terror.

Predominantemente, a rotina está associada a assaltos. Porém, segundo o sindicato das empresas de transporte, ônibus são sequestrados diariamente para prática de assaltos e outros crimes. Em média, dois por dia. Além disso, os coletivos enfrentam rotas com diversas barricadas, dificultando a vida de quem depende do transporte público.

Como os assaltos estão incorporados ao cotidiano, apenas os casos de grande apelo midiático tem repercussão. Assim sendo, vamos recordar alguns casos marcantes.

Sequestro termina em tragédia

A tragédia do ônibus 174, em 2000, ainda está viva na memória dos cariocas. Durante quatro horas, 10 passageiros ficaram restritas ao sequestrador Sandro do Nascimento, um sobrevivente da chacina da Candelária.  A morte da refém Geise Firmo Gonçalves, vítima de um tiro disparado pela polícia, escancarou a fragilidade da segurança pública e a brutalidade do crime, ao passo que o sequestrador morreu dentro de uma viatura policial, após sua prisão.

Alvo eliminado na Ponte

Em 2019, o sequestro na Ponte Rio-Niterói prendeu a respiração do país. O sequestrador, Willian Augusto da Silva, foi morto por um atirador de elite do Bope, mas a cena do então governador Wilson Witzel comemorando a morte gerou polêmica.

2024

Este ano, a Zona Portuária foi palco de mais um sequestro. Três criminosos aterrorizaram passageiros de um ônibus da Costa Verde, roubando pertences e fazendo ameaças de morte.

Outros casos

Copacabana, Avenida Brasil, Presidente Vargas: a lista de locais onde sequestros de ônibus aconteceram é extensa. Em cada caso, a mesma sensação de impotência e medo toma conta das vítimas.

Copacabana, 2015

Uma técnica de enfermagem, exausta após um plantão, se viu em um pesadelo quando feita refém em um ônibus da linha 125. O sequestrador, sem arma, mas com a mente perturbada, manteve a mulher em seu poder por 40 minutos antes de se entregar. Felizmente, ninguém se feriu.

Avenida Brasil, 2014

Em um drama que prendeu a respiração do Rio, um criminoso armado com uma tesoura dominou o ônibus da linha 723. Entre os reféns, uma jovem de 17 anos, que vivenciou o terror de perto. Após mais de duas horas de negociação com o Bope, o sequestrador se rendeu. Mais uma vez, a sorte sorriu e ninguém terminou ferido.

Presidente Vargas, 2011

O Centro do Rio foi palco de um sequestro com cenas de guerra. Três bandidos, um deles portando uma granada, aterrorizaram passageiros em um ônibus da Avenida Presidente Vargas. Quatro pessoas foram baleadas antes da negociação, incluindo duas passageiras, um homem em outro veículo e um policial. Apesar da tensão, a situação terminou com os 11 reféns libertados ilesos após a ação da polícia.

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