A notícia da falência da Saraiva, anunciada na quarta-feira (4/10), caiu como um balde de água fria nos amantes da leitura e da cultura. A rede já foi a maior livraria do Brasil, com mais de 100 lojas espalhadas pelas cinco regiões do país. Porém, sucumbiu à crise de um modelo que apostava em megastores e na venda de eletrônicos.
Ícone cultural
O fim da Saraiva é um momento melancólico para a história do Brasil. A empresa, fundada em 1942, em São Paulo, tornou-se um ícone da cultura brasileira. Suas lojas estavam sempre repletas de pessoas de todas as idades, que buscavam livros, CDs, DVDs e outros produtos culturais.
Insustentável
A Saraiva foi pioneira na venda de livros por telefone e pela internet. Nos anos 1990, a empresa expandiu sua atuação para o mercado editorial, lançando seu próprio selo editorial. A Saraiva também foi uma das primeiras empresas a apostar na venda de eletrônicos, com a abertura de lojas especializadas.
No entanto, o modelo de negócio da Saraiva se mostrou insustentável na era da internet. A empresa enfrentou a concorrência das grandes varejistas, que passaram a vender livros online, e das plataformas de streaming, que oferecem acesso a filmes, séries e músicas.
Pandemia
A crise da Saraiva também foi agravada pela pandemia de Covid-19. nesse ínterim, houve o fechamento de lojas físicas e a redução do fluxo de clientes. Em setembro de 2023, a empresa encerrou as atividades em todas as lojas físicas, mantendo apenas as vendas online.
Duro golpe
O pedido de falência da Saraiva é um golpe duro para o mercado editorial brasileiro. A empresa era uma das principais distribuidoras de livros no país, e seu fechamento deve impactar a oferta de títulos e o preço dos livros.
Calote trabalhista
A situação dos funcionários da Saraiva também é preocupante. A empresa anunciou a demissão de todos os seus funcionários. Totalmente insolvente, sabe-se lá como a empresa pagará os direitos trabalhistas destes desempregados.
Futuro
Por fim, a falência total da Saraiva provoca um momento de reflexão sobre o futuro do mercado editorial brasileiro. Em suma, a crise da empresa mostra que o setor precisa se adaptar às novas formas de consumo de conteúdo. Contudo, também é preciso garantir a preservação da cultura e da livre circulação de ideias.