
Prefeitura do Rio/Divulgação
O carnaval ainda não terminou no Rio de Janeiro e certamente demonstra que a festa de Momo é inclusiva na Marquês de Sapucaí.
A acessibilidade no Sambódromo em 2024 teve vez e garantiu espaço para todos prestigiarem a escola do coração no disputadíssimo “Desfile das Escolas de Samba” e, neste sábado (17/02), no “Desfile das Campeãs”. Tanto no espaço com ingresso com distribuição gratuita para PcD, como nos camarotes, com conforto e estilo inspirados no gingado carioca, a inclusão esteve presente. Contudo, como acontece em todo evento grandioso, há ajustes a serem realizados. O investimento privado e do poder público podem a cada ano investir nas melhorias necessárias. Entretanto, o fundamental é que há um foco de aperfeiçoamento e a inclusão já está presente.
Foram 300 ingressos distribuídos por dia para o desfile do Grupo Especial e da Série Ouro, além do Sábado das Campeãs. As entradas foram doadas para PcD e seus acompanhantes pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) para o Setor 13-PCD: local com 650m² equipado com audiodescrição dos desfiles para o deficiente visual, intérpretes de Libras para os deficientes auditivos e aparelho de TV com os sambas-enredo de cada agremiação e seus respectivos sambas legendados.
No dia do desfile o contemplado apresentou o convite emitido e o documento de identificação original com foto. Cada ingresso foi numerado, pessoal e intransferível, com código de barra e QR para a verificação. O acompanhante indicado também apresentou a mesma documentação e sua entrada só foi permitida com a presença da PcD, dona do convite.
Fez parte da animação para o Setor 13-PCD a distribuição de camisetas customizadas e o transporte dos foliões da Central do Brasil (Acesso A) ao Setor 13, e retorno a Central, por meio de quatro vans.
Nos camarotes, a inclusão também foi parte da festa. Teve até espaço com temática tropical, que se preocupou em acolher a PcD com intérprete de libras, indicando o acesso por elevador à todos os níveis, banheiros adaptados e portas em tamanho suficiente para a passagem das cadeiras de rodas.
Percebemos que a “inclusão é notícia” quando estamos nos tornando culturalmente críticos ao chegarmos num evento com um olhar que percebe a rampa de acesso, o profissional intérprete, a tecnologia a serviço de todos. A cidade do Rio de Janeiro conta hoje com 450 mil PcD e recebeu “nota 10” no quesito acessibilidade no Sambódromo.
Que o enredo da inclusão seja ação e que o carnaval com acolhimento não termine, perdure tornando a festa, a cada ano, ainda melhor.