São Paulo vence do Sport nos pênaltis

Em uma noite de muita expectativa, o Sport entrou em campo com o desafio de quebrar um tabu histórico contra o São Paulo no Morumbi e reverter a derrota por 2 a 0 no jogo de ida. Mesmo ocupando apenas a nona colocação na Série B, o Leão pernambucano não se deixou abalar e, em uma virada impressionante, venceu o Tricolor por 3 a 1. O resultado encerrou a sequência de 13 partidas invictas do clube, 12 das quais sob o comando de Dorival Júnior.

Apesar da surpreendente derrota, o São Paulo se classificou para as quartas de final da Copa do Brasil, vencendo o duelo nos pênaltis por 5 a 3. Durante a partida, o Tricolor adotou uma postura mais defensiva, privilegiando a posse de bola, mas sem aplicar muita velocidade e aplicação, o que permitiu ao Sport investir na aceleração e encontrar o caminho para a vitória com três gols, dois deles vindos de cobranças de escanteio desviadas pelo zagueiro Sabino.

Embora a classificação tenha sido garantida, o resultado deixou algumas dúvidas sobre o desempenho do São Paulo, que parecia livre da pressão pelo resultado e leve o suficiente para cozinhar a bola de maneira espaçada. No entanto, a falta de objetividade do time e os erros na defesa permitiram ao Sport crescer no jogo e dominar a partida.

Após a virada pernambucana, o São Paulo pareceu perder o ritmo e relaxar, desperdiçando a posse de bola e arriscando ofensivamente com jogadas de efeito, o que acabou punido pelo Leão. A dinâmica do time de manter a calma e controlar o jogo pela posse de bola ruiu de vez no segundo tempo, quando o Sport colocou velocidade no jogo e embaralhou as coisas, sacramentando a virada e a quebra do tabu histórico.

A reviravolta na partida exigiu que o São Paulo alterasse um pouco seu estilo de jogo para tentar recuperar o espaço no campo que havia sido tomado pelo Sport. Em uma jogada individual aos 22 minutos, Wellington Rato realizou sua magia, penetrou na área e fez uma finalização incrível, que passou bem perto da trave.

No entanto, o desejo do time de se arriscar ainda mais fisicamente foi escasso, e o técnico Dorival preferiu fechar a defesa, ocupando os espaços que o Sport usava para atacar. Apesar disso, ainda havia a expectativa de uma jogada de bola parada, que foi a responsável pelo gol decisivo da partida.

No último minuto do jogo, em uma cobrança de escanteio, Sabino subiu mais que toda a zaga adversária e, em um verdadeiro gol redentor, levou a disputa pela vaga para os pênaltis. Essa virada incrível foi um reflexo da habilidade e do espírito imbatível do time do São Paulo.