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Tradicional clube de futebol niteroiense, o Canto do Rio está fora do futebol profissional. A decisão foi da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) no dia 22 de novembro deste ano, justamente nos 450 anos de Niterói. O Cantusca tentou reverter a decisão no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que por unanimidade manteve, em 1º de dezembro, a decisão da entidade. O que o Canto do Rio pode fazer para tentar voltar ao futebol profissional?
Ao contrário do que a Folha do Leste informou no dia 20, a Assembleia Ordinária da Ferj do dia 21 não tinha nenhum poder para reverter a decisão tomada pela própria entidade e reconhecida pelo tribunal.
A equipe de comunicação da federação explicou à reportagem para explicar que a reunião ocorrida ontem, na quinta (21), era para apresentar e votar o Regulamento Geral das Competições de 2024, o calendário esportivo e administrativo e a previsão orçamentária do próximo ano.
A assembleia fora convocada pelo presidente Rubens Lopes em 12 de dezembro, e no edital de convocação consta no item 4 sobre “Processos de filiação e desfiliação”. A comunicação da Fferj informou que tal item tem caráter informativo. Ou seja, quais clubes poderiam ingressar no quadro da entidade e quais estariam excluídas. Logo, a chance da reunião reverter as exclusões efetuadas era nula.
Diante disso, a situação do Canto do Rio torna-se ainda mais complicada. A presidente Maria Cícera admitiu a tristeza pela situação e preferiu não falar. Representando a dirigente, o advogado Marcos Veloso, comentou o caso.
“Fiquei surpreso com desfecho da desfiliação dos clubes; mesmo argumentando e debatendo com presidente Rubens Lopes, não aceitou os pedidos, mas em consideração e amizade a mim, ele aceitou conversar sobre o clube Canto do Rio, após as festas, e em janeiro 2024”, respondeu Veloso.
A equipe de comunicação da Fferj confirmou que Rubens Lopes concordou em conversar com o advogado sobre a situação do clube. Mas ponderou que a conversa não tem um caráter de decisão e que o presidente da entidade está aberto a conversar com qualquer clube.
Uma alternativa seria o clube apelar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD. Caso o tribunal reconheça o apelo do Cantusca, a Fferj teria que acatar a decisão. Mas se a instância superior desportiva mantivesse a decisão da TJD, só restaria uma alternativa: o pagamento de uma multa de R$ 500 mil.
Só o futuro dirá se o clube fará o que diz a última frase de seu hino.
“De noite ou de dia a turma sorri. Enche de alegria Icaraí (oi)”.
E quem sabe também encha de alegria, e esperança, Niterói.
