Criminosos da internet criam cada vez mais variações para os gopes virtuais. Recentemente, viralizou o caso de um homem que, mesmo sabendo que estava falando ao telefone com um golpista, não se atentou e forneceu o código de segurança de seu WhatsApp, que acabou ficando sob o controle do bandido.
Diante de tantas variações de golpes na internet, o FOLHA DO LESTE conversou com o especialista em segurança pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Erivelton Lopes. Ele que deu dicas de como não entrar em roubadas. A primeira delas é nunca oferecer nenhum tipo de informação pessoal a desconhecidos.
A primeira coisa é a prevenção. Essencialmente, a desconfiança de qualquer conteúdo, como contatos feitos por desconhecidos, seja por qualquer tipo de endereço digital, como WhatsApp, e-mail, telefone ou redes sociais. Através de links ou mensagens. Desconfie sempre e nao forneça nenhum tipo de informação pessoal e não faça nenhum tipo de pagamento”, alertou.
Lopes sublinhou que, normalmente, os golpes virtuais pelo telefone e WhatsApp partem dos presídios. Quando há apreensões de dezenas de celulares apreendidos nas penitenciárias, o preso não usa aquele telefone só para falar com o familiar, mas também para aplicar golpes. O especialista exemplificou algumas das práticas mais comuns.
Tem o golpe do Pix, quando o bandido consegue hackear um contato de uma pessoa próxima. Ele acaba pedindo uma ajuda, como já aconteceu, tem vários casos que artistas caíram desse golpe. Há também o golpe aplicado pelos aplicativos, pelos sites, nas plataformas de compras e vendas, em que a pessoa anuncia um produto, o bandido manda alguém na casa da pessoa buscar e mostra um comprovante falso de Pix”, prosseguiu.
Perigo para os idosos
Outro golpe comum, e que vitima idosos, em sua maioria, é o do “cheque sem fundo”. O criminoso se interessa em comprar um produto, vai na boca do caixa e faz o depósito do cheque. O banco emite um comprovante e o valor aparece como pré-creditado na conta da vítima. O golpista apresenta o comprovante e retira o item, mas, como o cheque está sem fundo, o depósito é cancelado e a vítima fica sem o dinheiro e sem o produto.
Muitas pessoas caem e têm vergonha até de ir à delegacia por serem vítimas. A pessoa idosa acaba perdento o dinheiro e só depois vê que caiu em um golpe. Eesses bandidos estão sempre se atualizando com maneiras novas para aplicar golpes, portanto é preciso ter atenção redobrada”, enfatizou.
Ousadia
Outro ponto observado por Lopes é a ousadia de criminosos. Uma estratégia durante os golpes é se passar por empresas para ganhar a confiança das vítimas. Além disso, é crucial não instalar nenhum aplicativo em celulares e computadores de fonte desconhecida.
Uma coisa muito importante, mesmo quando receber números que indiquem sendo de uma empresa, continuem desconfiando, pois os criminosos estão cada vez mais ousados. Eles conseguem manipular números através de softwares que permitem números de empresas apareçam sendo como deles”, finalizou.