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Quando olhamos para alguém doente, sempre buscamos entender os fatores físicos que afetaram o seu quadro de saúde. O que ela comeu que lhe fez mal ou será que esteve com alguém que estava gripado? Entretanto, devemos ver a origem das doenças em diversos níveis. Ou seja, além do lado físico, precisamos também estudar a dinâmica do ambiente e da alma do indivíduo, e principalmente identificar as emoções e os sentimentos.
A emoção, os sentimentos estão intimamente ligados aos sintomas que a pessoa apresenta, o que ela come, sobre o que pensa aceleradamente, como ela se sente em seus relacionamentos?
Aceitar que uma doença possa ser causada por distúrbios emocionais faz cada vez mais sentido e tem-se verificado que a mudança desses padrões emocionais atenuam a doença e podem até eliminá-la se esses padrões emocionais desequilibrados deixarem de existir.
No ambiente, sempre notamos como o ser humano está fortemente ligado com o amor familiar, muitas vezes com aquela que nos originou, mesmo que já esteja casado, que tenha construído sua própria família. Por causa desse amor, pode surgir nele o desejo de compartilhar o mesmo destino dos pais, irmãos, avós, avôs e até tios. Tudo porque o anseio de pertencer a essa família torna alguém submisso, obediente em aceitar o destino que sua linhagem ancestral possui.
Uma pessoa pode adoecer por ter seguido alguém que adoeceu antes dela. Partilhar do destino de alguém significa aceitar as mesmas situações, boas ou não, para si mesmo. Por meio da terapia, da constelação familiar, é possível identificar esses laços e, com consciência mudar o caminho desta pessoa.
Quando a boca cala…. o corpo fala!! AMAR pode CURAR
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
Olhar a doença como caminho da cura e o que ela tem a nos ensinar, é uma abordagem que busca entender as doenças e sua relação com o nosso crescimento pessoal, nossa evolução em relação ao nosso autoconhecimento, as doenças não são apenas problemas físicos, mas também têm uma dimensão psicológica e espiritual.
“Cada pessoa é única e é o indivíduo, não a doença, que deve ser tratado”.
“É mais importante saber que tipo de pessoa tem uma doença do que saber que tipo de doença tem uma pessoa”.
Hipócrates (pai da Medicina)
Somos seres psicossomáticos inseridos no contexto cultural e social, também psicossomático. A psiconeuroendocrinoimunologia demonstra que todo afeto – consciente ou inconsciente, real ou imaginário – é capaz de gerar emoção, ativando o psiquismo que imediatamente mobiliza o sistema neurológico. A grande diferença em relação à medicina usual, é que olhamos os sintomas como positivo, como o caminho para descobrir a origem da nossas doenças. nossa avaliação positiva dos sintomas, quando usamos essa abordagem, sintomas físicos e psíquicos só podem ser curados, eliminados ou transferidos, por meio do autoconhecimento e autotransformação. Ter consciência do que sentimos, porque sentimos, olhar o que o sintoma nos aponta.
Segundo a Epigenética, não são os genes os responsáveis pela saúde ou doença, mas sim como gerenciamos nossas emoções, pensamentos, ações e hábitos – que poderão levar ou não à manifestação da informação genética. A Psicossomática enfatiza a inter-relação entre o sistema nervoso, o sistema endócrino e o imunológico numa troca de informações ininterrupta para manutenção do equilíbrio do corpo e da mente, além da promoção de sistemas adaptativos para manter o organismo estável frente às mais diversas situações, do ponto de vista biológico, psicológico e social.
Felizmente, a Medicina convencional e a terapia alternativa estão aliados em prol de uma solução que beneficie todos, seja através das terapias, das constelações, da busca do autoconhecimento, equilíbrio emocional, consciência real, essas abordagens nos inspiram a concluir como a terapia pode ser fundamental para termos uma vida melhor. Psicoterapia, hábitos alimentares adequados, exercícios físicos regulares, e outros suplementos e estratégias naturais são intervenções epigenéticas que interferem na saúde. A ciência tem comprovado que essas estratégias têm a capacidade de ativar ou silenciar a expressão genética. Isso, na prática, significa que, apesar de termos um determinado gene associado à doença, podemos impedir que este se manifeste.
A saúde vem do reconhecimento de que não há nada a ser consertado; há o potencial e a completude na imperfeição. Vem ao não deixar que as dores do passado te definam. Ao assumir o sintoma como oportunidade de ajuste de rota e crescimento, de buscar ajuda de forma aberta e de agir.
Dicas para refletir
O autoconhecimento é fundamental para compreendermos as causas das doenças, quanto você tem consciência de quem é?
Muitas vezes somos responsáveis por criar as condições que levam ao surgimento de doenças, através de nossos padrões de pensamento e comportamento, já refletiu sobre como controlar seu pensamento?
Dica
Se estou pensando em problemas que não aconteceram ainda, como em uma viagem que farei daqui a dois meses, mas tenho medo de andar de avião, isso vai gerar ansiedade.
Caso eu viva remoendo coisas que me aconteceram a bastante tempo atrás, magoas ou traumas, isso vai gerar depressão.
E se vivo a flor da pele, com tudo que preciso resolver hoje e, julgo que não dou conta, gero o estresse.
Vivo no passado – depressão.
Penso excessivamente no futuro – ansiedade.
Preocupo-me demais no presente me cobrando – estresse.
Que tal prestar atenção onde nascem seus pensamentos, começar a identificar já é um passo para seu autoconhecimento.
É importante destacar que matéria não nega a importância da medicina tradicional no tratamento das doenças. Pelo contrário, defendo uma abordagem integrativa, que combine os conhecimentos da medicina convencional com a busca pelo autoconhecimento.
Fonte de pesquisa
Livro A doença como caminho – Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke,
Livro Desatando os laços do destino – Bert Hellinger