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‘Rota do Rio’: megaoperação mira fornecedores de drogas do CV

Megaoperação mira fornecedores de drogas do CV

Uma megaoperação da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira (21), mira fornecedores de drogas do Comando Vermelho (CV). A operação Rota do Rio tem como objetivo desmantelar a estrutura, mantida em parceria com uma das facções do Amazonas (CVAM).

Policiais cumprem 99 mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pela Justiça, nos Estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará. Os alvos são pessoas físicas e jurídicas identificadas como integrantes ou associados a um dos “braços operacionais e financeiros” do Comando Vermelho.

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A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) realiza a ação com o apoio da Delegacia de Repressão a entorpecentes (DRE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), além da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas;

De comunidades a endereços de luxo

Alguns desses mandados tem como locais o interior das comunidades Fallet, Fogueteiro. Além de endereços nobres da cidade: Ipanema, Arpoador, Copacabana, Barra da Tijuca, Catete, Recreio; e do estado do Rio de Janeiro, como Cabo Frio e Búzios.

As investigações, que contaram com o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), apontam que a rota utilizada para o escoamento da droga vinda do Amazonas até o Rio de Janeiro serve, em sentido contrário, para o fluxo de dinheiro do comprador atacadista para o seu fornecedor. Assim, evidenciando o grande esquema de fornecimento e pagamento da droga vendida tanto no morro quanto no asfalto.

Para escamotear a origem ilícita dos recursos oriundos da compra e venda de drogas, essa organização criminosa realiza pagamentos de forma pulverizada a diversas pessoas interpostas. Entre elas, um frigorífico no Amazonas, pertencente a um ex-prefeito de um município daquele estado, que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico”, explicou a corporação.

Movimentação de R$ 30 milhões

As investigações financeiras apuraram que, em um período de dois anos. Desse modo, a organização movimentou aproximadamente R$ 30 milhões em recursos ilícitos.

A operação ainda tem como objetivo angariar elementos de prova, o confisco de bens móveis e imóveis relacionados às atividades de tráfico. Dessa forma, Civil destaca que essas ações são fundamentais para desmantelar o arcabouço financeiro que patrocina o comércio ilícito da facção e enfraquecer significativamente seu poder de atuação, com risco mínimo de letalidade.

A ‘Rota do Rio’ representa um marco significativo no combate ao narcotráfico e ao crime organizado. Desmantelar essa infraestrutura é crucial para enfraquecer as operações do Comando Vermelho e reduzir a criminalidade nas áreas sob sua influência”, prosseguiu a Polícia Civil.

Tráfico “romântico”

Outro destaque é a comprovação que o tráfico “romântico” do asfalto e o sanguinário das comunidades têm a mesma origem e o mesmo fornecedor. Sendo assim um tão nefasto quanto o outro em se tratando de macrocriminalidade.

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Essa operação ainda, afirma a corporação, é uma demonstração clara de atuação em todas as frentes no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. Logo, a “Operação Rota do Rio” não só visa desmantelar a estrutura financeira e logística do Comando Vermelho, mas também garantir a segurança.

A ação coordenada entre diferentes delegacias e estados reforça a determinação das autoridades em combater eficazmente o narcotráfico e outras atividades criminosas”, complementou a corporação.

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