A defesa do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, anunciou nesta quarta-feira (20) que abandonou o caso após a homologação da delação premiada de Lessa.
Em comunicado, os advogados Bruno Castro e Fernando Santana afirmaram que não atuam para delatores. Segundo eles, essa decisão foi tomada antes mesmo da delação de Lessa ser firmada e não tem relação com o caso em si.
A delação de Lessa foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (19). O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que a colaboração é um meio de obter provas e elementos importantes sobre o crime, que completou seis anos em março de 2024.
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Lewandowski acredita que a delação pode levar à solução do assassinato de Marielle Franco. Ele ressaltou que o processo tramita em segredo de Justiça, mas que há elementos importantes que podem levar à identificação do mandante do crime.
Dessa forma, com a delação, Lessa pode ganhar alguns benefícios, como a unificação do tempo total de sua pena, entre 20 e 30 anos, e a transferência para um presídio no Rio de Janeiro.
Assim, a investigação do assassinato de Marielle Franco ainda está em andamento. Enfim, a Polícia Federal, responsável pelo caso, chegou a resultados concretos em um ano de investigação.