Rodrigo Bacellar volta à Alerj; aliado de Eduardo Paes disse que ‘sentiu saudades’ | Divulgação
Rodrigo Bacellar (União) voltou maior do que saiu. Após um período de dez dias como governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) reassumiu sua cadeira na Casa nesta quinta-feira (26) sob aplausos, sorrisos e discursos que revelam mais do que cortesia parlamentar: sinalizam o peso que Bacellar passou a exercer no tabuleiro político fluminense.
O clima amistoso envolveu parlamentares da esquerda, centro e direita. Mas o gesto que mais chamou atenção partiu do deputado Cláudio Caiado (PSD), aliado direto do prefeito do Rio, Eduardo Paes — provável adversário de Bacellar na disputa pelo Palácio Guanabara em 2026.
“Deixei compromissos externos para vir matar a saudade. O senhor faz falta aqui nesta Casa. Só o futuro pode dizer o que vai acontecer eleitoralmente, mas qualquer escolha será bem-vinda. Seja aqui ou como governador”, afirmou Caiado, dirigindo-se ao presidente da Alerj.
A fala foi interpretada como uma sinalização de respeito — e até de reconhecimento — ao capital político que Bacellar acumulou no breve período em que governou o estado. Nos bastidores, sua atuação interina tem sido avaliada como eficiente, sobretudo na articulação institucional com deputados e prefeitos.
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O tom descontraído prosseguiu com o deputado Chico Machado (Solidariedade), que aproveitou para provocar, em tom de brincadeira:
“Meu amigo Caiado poderia ser secretário de Meio Ambiente na gestão do Bacellar”.
Caiado sorriu e agradeceu. Em resposta, Bacellar manteve a diplomacia:
“As portas estão abertas. E, independentemente das escolhas, o que permanece é a amizade.”
O episódio reforça o crescimento de Bacellar no cenário político estadual. Mais do que um retorno, sua presença nesta quinta-feira marcou um reposicionamento. De presidente do Legislativo, ele emerge como nome viável e competitivo para disputar o Executivo em 2026 — e agora, com aliados e adversários atentos a cada passo.
