RJ Transplantes deve superar recorde de doação de órgãos em 2023

Foto: Divulgação – Governo do Estado do Rio

O RJ Transplantes, programa da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), está prestes a bater o recorde de doação de órgãos e transplantes realizados em 2023. Até agosto deste ano, já foram contabilizadas 856 notificações, resultando em 361 transplantes de córnea, 20 de coração, 195 de fígado, 306 de rim e 4 de pulmão. Além desses, houve também sucesso em procedimentos duplos ou triplos: 3 transplantes de coração e rim, 2 de fígado e rim, 3 de rim e pâncreas e 1 multivisceral com fígado, pâncreas e intestino para o mesmo receptor. É importante ressaltar que uma única doação pode beneficiar mais de uma vida.

Os excelentes números refletem o trabalho árduo do programa estadual, que já havia alcançado recordes de doação e transplantes em 2022. Esses números foram os maiores desde a criação do programa em 2010. Após uma queda em 2021 devido à pandemia de Covid-19, o ano de 2022 registrou 1.152 notificações de possíveis doadores, 349 doações e 2.650 transplantes.

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O sucesso do programa se deve, em grande parte, à excelência das equipes responsáveis pela capacitação das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), presentes nas unidades de saúde. Atualmente, são 86 comissões trabalhando em colaboração com o RJ Transplantes.

É importante ressaltar que as doações de órgãos no Brasil dependem do consentimento dos familiares. É necessário o “sim” deles para que a doação possa acontecer. No entanto, as taxas de negativas têm diminuído ao longo dos anos. Em 2015, a taxa de recusa foi de 43%. Já em 2022, caiu para 35% das entrevistas. No primeiro bimestre de 2023, a taxa foi de 33%.

Para melhorar ainda mais as condições de transplante no estado do Rio de Janeiro, a SES-RJ tem investido na melhoria da prestação de serviços. Em 2021, um helicóptero exclusivo foi disponibilizado para o transporte de órgãos, agilizando o processo que enfrenta a constante batalha contra o tempo. Ao longo de 2 anos, o helicóptero da Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) já transportou mais de 367 órgãos para transplante.

Como Funciona?

O funcionamento do RJ Transplantes conta com a Central Estadual de Transplantes, que é responsável por coordenar e fiscalizar todas as etapas do processo, desde a notificação de morte encefálica até a efetiva doação de órgãos. Além disso, a Central também cuida das inscrições de receptores, órgãos e hospitais transplantadores em um software do Ministério da Saúde. Quando ocorre uma doação, a Central distribui os órgãos de acordo com critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplantes.