Mulher de 30 anos é morta a tiros na Vila do João durante operação contra roubos no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. (Reprodução)
Uma mulher morreu baleada na Vila do João, localizada no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, durante uma operação policial contra o roubo de cargas e veículos, realizada na segunda-feira (9). Alessa Brasil Vitorino, de 30 anos, foi atingida nas costas enquanto pilotava uma moto para levar uma amiga na comunidade.
Segundo informações da mãe da vítima, Alessandra, Alessa trabalhava como contadora em uma empresa. A amiga dela também foi atingida, sofrendo um ferimento na perna. Alessa não morava na comunidade e, de acordo com a família, não sabia que havia uma operação policial em andamento.
Uma imagem capturada no local mostra dois homens em uma moto tentando socorrer a vítima ainda pela manhã.
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Secretário aponta estratégia criminosa para culpar a polícia
O secretário de Segurança, Victor Santos, afirmou que traficantes podem ter atirado contra Alessa de forma proposital. Segundo ele, a hipótese é baseada no modus operandi da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
Eles acabam atirando em pessoas inocentes para botar a culpa na polícia”, declarou Santos durante uma coletiva.
A investigação da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro seguirá em andamento, mas outras hipóteses não foram descartadas.
Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, reforçou a suspeita, relacionando o caso a eventos anteriores em áreas controladas pela mesma facção criminosa.
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Operação Torniquete combate crimes na Zona Norte
A operação policial na Maré visava combater roubos de cargas e veículos, além de capturar traficantes procurados. Durante a ação, 13 suspeitos foram presos e três pessoas morreram. Entre os presos estava Luiz Mário dos Santos Júnior, conhecido como Mário Macaco, do Comando Vermelho (CV).
As forças policiais também apreenderam seis fuzis, duas pistolas, uma granada, 16 carregadores de fuzil, além de drogas, munição e dezenas de veículos roubados.
Moradores enfrentam momentos de tensão e fechamento de vias
Durante a operação, moradores relataram intensos tiroteios na comunidade. Um forró acontecia no Parque União no momento em que os agentes chegaram ao local.
As autoridades fecharam temporariamente a Linha Amarela e a Avenida Brasil, duas vias expressas de grande importância no Rio de Janeiro.
Investigações revelam práticas do tráfico na região
A polícia descobriu que integrantes do tráfico no Complexo da Maré recebiam ordens de chefes do crime na Penha, como Edgar Alves Andrade, o Doca. O esquema incluía armazenamento e revenda de cargas roubadas, clonagem e desmanche de veículos, e cativeiros para realizar transferências financeiras via PIX.
As autoridades seguem investigando os desdobramentos do caso, ampliando o combate ao crime organizado na região metropolitana.
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