Se a arrecadação de ICMS fosse um campeonato de futebol, então estados do Rio de Janeiro e de São Paulo ocupam a “zona de rebaixamento” no tema. Isso porque, dos 27 estados e mais o Distrito Federal, o Rio de Janeiro está apenas na 24ª posição. São Paulo, tida como a melhor economia do país, conseguiu ser pior e ocupa a 26ª e penúltima colocação. O lanterninha deste campeonato é o Amazonas. O resultado é fruto do 1º Boletim Fiscal dos Estados.
O resultado compara o acúmulo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos últimos 12 meses em relação ao mesmo período anterior. Ou seja, a pesquisa apresenta o que cada estado arrecadou até o momento em 2024 baseando-se no ano passado. O boletim foi feito pelo Centro Internacional Celso Furtado (CICEF) em parceria com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).
O estado que lidera a arrecadação é Alagoas, com 21, 6%. No Sudeste, quem ocupa a primeira posição é o Espírito Santo, com 13,2%. O Rio de Janeiro arrecadou até o momento em 2024, 4.8% deste imposto. São Paulo ficou com uma quantidade ainda menor, apenas 2,2%. Amazonas, o último colocado, foi o único a apresentar uma estatística negativa, com -2,1%. Entre SP e RJ, aparece o Amapá na 25ª e antepenúltima colocação, com 4,5%.
Tragédia no Sul não impactou tanto a economia como se esperava
Um dado que chamou a atenção foi o fato do Rio Grande do Sul conseguir uma arrecadação de 7 %. Apesar do estrago das fortes chuvas no estado ao fim do 1º semestre de 2024, o impacto na economia local não foi tão ruim. É o que afirma o professor Carlos Pinkusfeld, presidente do Centro Celso Furtado e responsável pela pesquisa.
“Apesar dos impactos iniciais, os efeitos das enchentes no Sul foram menos severos e duradouros do que o previsto”, destaca Pinkusfeld.
Ele acrescenta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer acima da média histórica de 2,5% em 2024.
“A gente sempre começa o ano achando que vai crescer pouco e acaba crescendo mais”, disse
A projeção para o crescimento do PIB em 2024 está entre 3,4% e 3,8%, impulsionado pelo consumo das famílias, investimento e recuperação da indústria.
O estudo completo pode ser acessado aqui.