Estado do Rio de Janeiro

Rio: PM atira em entregador após se recusar a buscar pedido na portaria

Créditos: Reprodução/redes sociais

Na última segunda-feira (4), um entregador foi baleado por um cliente, um policial militar, após recusa deste em descer para buscar o pedido na portaria, em um incidente que chocou a Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, foi atingido na coxa e estava em estado grave no CTI do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na manhã desta terça-feira (5).

O autor do disparo, identificado como cabo Roy Martins Cavalcanti, apresentou-se na 30ª DP (Marechal Hermes), enquanto a Corregedoria da Polícia Militar iniciou um procedimento para investigar o ocorrido. O militar alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que atirou após Nilton tentar pegar sua arma.

O episódio teve início quando Roy fez um pedido no Porto do Sabor da Praça Saiqui, em Vila Valqueire, e Nilton, o entregador, foi atendê-lo de bicicleta. Ao chegar ao portão do endereço, o PM exigiu que o entregador subisse para entregar o lanche diretamente na residência. Nilton argumentou que não era obrigado a subir desencadeando uma discussão através de mensagens pelo aplicativo.

Diante da recusa do PM em descer na portaria, Nilton solicitou o protocolo de devolução na plataforma e retornou à loja. Contudo, Roy o seguiu até lá. Na Praça Saiqui, uma discussão se iniciou entre os dois, com Nilton gravando o episódio. A situação se agravou, e o PM sacou sua arma, resultando no disparo que atingiu o entregador.

O momento exato do disparo não foi registrado no vídeo. Testemunhas relataram que tentaram intervir, mas o policial acabou efetuando o tiro. Após o ocorrido, amigos de profissão do entregador protestaram em frente ao condomínio onde se deu o conflito.

Na versão apresentada pelo PM, registrada como “lesão corporal por perfuração de arma de fogo, em legítima defesa”, Roy alegou que a situação se deu após encontrar sua esposa nervosa, supostamente devido ao tratamento recebido pelo entregador do iFood. O militar afirmou que, durante o confronto, Nilton incitou outros entregadores e tentou pegar sua arma, o que o levou a efetuar o disparo para preservar sua própria vida.

A Polícia Civil ouviu o cabo e o liberou e devolveu sua arma.
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