Ricardo Nunes é reeleito prefeito de São Paulo com ampla vantagem | Rovena Rosa/Agência Brasil
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito em São Paulo. Até as 18h44 deste domingo, com 89,78% das urnas apuradas, ele liderava com 59,56% dos votos válidos, superando Guilherme Boulos (PSOL), que tinha 40,44%.
Nunes, de 56 anos, recebeu apoio decisivo do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, Bolsonaro demonstrou hesitação em apoiar Nunes no primeiro turno. Do outro lado, Boulos teve o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e indicou Marta Suplicy como sua candidata a vice.
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Antes de ingressar na política, Nunes consolidou sua carreira como empresário no setor de controle de pragas, especialmente no tratamento fitossanitário de navios em portos. Ele fundou a Associação Brasileira das Empresas de Tratamento Fitossanitário (Abrafit) e integrou a Associação Empresarial da Região Sul de São Paulo (AESUL). Além disso, presidiu o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo.
Na Câmara Municipal, destacou-se como presidente da CPI da Sonegação Tributária, voltada ao combate à sonegação de impostos. Durante seu mandato, também apoiou projetos em defesa da anistia fiscal para templos religiosos e alinhou-se a pautas conservadoras. Nunes é filiado ao MDB desde os 18 anos e foi alçado à vice-prefeitura de Bruno Covas após a desistência de José Luiz Datena na corrida eleitoral.
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Ricardo Nunes consolidou sua base eleitoral na Zona Sul de São Paulo, principalmente no Grajaú. Para a nova gestão, seu vice será Ricardo de Mello Araújo, ex-coronel da reserva da Polícia Militar e ex-presidente da Ceagesp.
Durante o segundo turno, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que os serviços de inteligência interceptaram mensagens de facções criminosas recomendando voto em candidatos específicos. Segundo ele, Guilherme Boulos seria favorecido por essas orientações em São Paulo. No entanto, o governador não apresentou provas que sustentassem a acusação.
A declaração foi feita em coletiva ao lado de Ricardo Nunes, seu vice Mello Araújo e Tomás Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas. Em reação, Boulos entrou com uma ação judicial contra Tarcísio de Freitas, pedindo sua inelegibilidade e a cassação do registro de candidatura ou diploma de Nunes e Mello Araújo, sob alegação de que as declarações do governador beneficiaram a chapa do MDB.
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