
Resgate de Juliana Marins, brasileira que caiu em vulcão na Indonésia, é interrompido novamente | Reprodução
O resgate de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, foi novamente interrompido nesta terça-feira (24), três dias após o acidente. A família da jovem, natural de Niterói, denuncia nas redes sociais que as buscas seguem lentas, desorganizadas e sem planejamento.
Segundo informações publicadas no perfil oficial criado pela família, o resgate foi interrompido às 16h no horário local (5h em Brasília) devido às condições climáticas. No entanto, os parentes afirmam que, antes mesmo disso, a equipe já havia avisado que não operaria durante a noite.
“Eles avançaram apenas 250 metros em um dia inteiro. Faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia! Precisamos de ajuda urgente!”, alerta a família nas redes.
Críticas às autoridades
A família acusa as autoridades locais de negligência, alegando que o parque onde ocorreu o acidente segue funcionando normalmente, recebendo turistas, enquanto Juliana permanece sem água, comida e agasalho.
“É padrão nessa época do ano ter esse clima e, mesmo sabendo disso, não se planejam. Não há estrutura, nem competência”, desabafa Mariana, irmã de Juliana.
Vídeos forjados e informações falsas
Mariana também denunciou que vídeos divulgados como se mostrassem o momento do resgate foram forjados. Além disso, desmentiu informações repassadas pela Embaixada do Brasil na Indonésia, que afirmava que Juliana já teria recebido água, comida e abrigo.
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O próprio embaixador admitiu, em ligação divulgada pelo Fantástico, que transmitiu informações incorretas, baseando-se em dados imprecisos repassados pelas autoridades locais.
O que aconteceu
Juliana caiu de um desfiladeiro no Monte Rinjani durante uma trilha na madrugada de sábado (21), no horário local. Ela estava em um grupo de cinco turistas acompanhados de um guia.
Segundo relatos da família, ao informar que estava cansada, o guia pediu que ela descansasse e seguiu sozinho até o cume — ela ficou sozinha na trilha e acabou despencando cerca de 300 metros abaixo.
Turistas que passaram pelo local horas depois localizaram Juliana usando um drone e avisaram autoridades e a família no Brasil.
Quem é Juliana
Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e também trabalha como dançarina de pole dance. Ela está em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de seguir para a Indonésia. Nas redes sociais, Juliana compartilhava os detalhes da viagem com seus seguidores.
Agora, familiares, amigos e milhares de pessoas acompanham com apreensão os desdobramentos das buscas, que seguem sem previsão de retomada efetiva.