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Repúdio ao Major Clímaco repercute na Alerj

Repúdio ao Major Clímaco repercute na Alerj

Sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Edifício Lúcio Costa, na Rua da Ajuda, centro da cidade | Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (29), a Moção de Repúdio aprovada pela Câmara Municipal contra o major PM Abrahão Clímaco, teve repercussão na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O militar coordena a Operação Segurança Presente no âmbito do município. E o autor da proposta se trata do vereador Andrigo de Carvalho, líder do governo Axel Grael no Legislativo niteroiense.

Durante a Sessão desta tarde, os deputados estaduais Rodrigo Amorim (PRD), Marcelo Dino (União), bem como os filiados ao PL Alan Lopes, Anderson Moraes e Filippe Poubel manifestaram apoio ao major.

“O bom policial, como o major, sabe quem é o criminoso. Ele apenas refutou com veemência. Rodrigo Neves juntou sua turma e fez uma moção”, disse Amorim.

Repúdio ao Major Clímaco repercute na Alerj

Deputado estadual Rodrigo Amorim (PL) | Créditos: Thiago Lontra/Alerj

Além disso, Rodrigo Amorim citou que a Alerj deve apreciar duas Moções sobre a questão.

“Estamos protocolando duas Moções. Uma de congratulações ao major Clímaco, e outra de repúdio a mais um gesto lamentável, repudiando a ação nobre do coordenador do Segurança Presente em Niterói”, disse Rodrigo Amorim

O deputado Carlos Minc (PSD), decano da Alerj, também se manifestou. Ele ponderou que o major não deveria ser alvo de uma Moção de Repúdio por uma questão política.

“Foi uma questão mais ligada à política que ao desempenho. Isto não deveria ser objeto. Um serviço deveria ser julgado pelo seu resultado. Houve uma instrumentalização”, disse Minc.

No entanto, Minc ressaltou os atributos positivos do prefeito Axel Grael, a quem classificou como “uma pessoa corretíssima”.

“Conheço há muitos anos o prefeito de Niterói. Quando fui secretário do meio Ambiente, o Axel Grael era presidente da Feema. Uma pessoa corretíssima, de uma família que preza o esporte”, pontuou.

A polêmica

Repúdio ao Major Clímaco repercute na Alerj

Crime aconteceu no colégio MV1 – André Freitas/Folha do Leste

O entrevero entre Clímaco e autoridades do município de Niterói teve início após a morte do porteiro Sebastião Lair Hipólito vítima de latrocínio. O fato aconteceu na última sexta-feira (23), no Colégio MV1, em Icaraí, Zona Sul de Niterói.

Sebastião Lair Hipólito | Reprodução/Redes sociais

Diante do crime, o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT) e o secretário Executivo, Rodrigo Neves, criticaram a eficácia do Segurança Presente após o Governo do Estado assumir a gestão do programa, em 2021.

Por sua vez, em suas redes sociais, Clímaco afirmou ter recebido as críticas “com grande indignação”. Porém, posteriormente, pediu desculpas aos cidadãos e disse sentir-se injustiçado.

Repúdio ao Major Clímaco repercute na Alerj

Coordenador do Segurança Presente Niterói, major PM Clímaco | Reprodução

 

“Quero pedir desculpas aos cidadãos niteroienses que acompanham meu trabalho pelo ato impulsivo, mas é que realmente me senti injustiçado pela gravidade da acusação. Estamos em ano Político, meus comandantes não acharam a fala condizente e adequada com a função que tenho, mas entenderam e me orientaram a sempre responder no dia seguinte de forma mais técnica”, afirmou o policial.

A Moção aprovada pela Câmara Municipal de Niterói diz repudiar “a politização do Programa Segurança Presente na cidade”, bem como “o ilegal envolvimento político-partidário de seu atual coordenador, oficial da ativa da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), com pré-campanhas eleitorais em Niterói”.

O texto se refere a relação de proximidade do militar com o deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Niterói, Carlos Jordy (PL). Em suas redes sociais, Clímaco chegou a publicar uma foto ao lado do político.

Segundo o texto da Moção, “tal comportamento é um flagrante e absurdo desrespeito ao Estatuto da PMERJ”.

Abaixo-assinado

Cidadãos simpáticos ao major Clímaco estão realizando um abaixo-assinado virtual. Através deste documento, eles pedem a permanência do policial à frente da Operação. Igualmente, afirmam que ele está sendo alvo de “perseguição”. Até a tarde desta quinta-feira, 303 pessoas já haviam assinado a petição eletrônica.

 

 

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