As autoridades espanholas realizaram, nesta terça-feira (23), as primeiras prisões relacionadas aos atos racistas contra o atacante brasileiro Vini Jr.
Os incidentes, com relação ao atleta, que geraram as detenções, começaram em janeiro deste ano, em Madri. Lá, um boneco do jogador foi pendurado em uma ponte com sinais de enforcamento. Mas o ápice da cruel persecução racial a Vini Jr. se deu no último domingo, em Valencia, quando torcedores do clube homônimo fizeram manifestações racistas. Atuando pelo seu clube – Real Madrid – Vini Jr. foi chamado de “macaco”.
Acredita-se que a atuação das autoridades espanholas se deu somente em razão da grande repercussão internacional do assunto. Os ataques racistas ao jogador já ocorreram em seis cidades espanholas diferentes. O país possui lei para coibir o racismo no esporte, mas ela é mal executada.
Os presos
Quatro suspeitos de participarem do ataque em Madri foram detidos por crime de ódio e três torcedores do Valencia também foram presos, acusados de racismo. Os investigadores identificaram que os autores do ataque em Madri pertencem a um grupo radical de torcedores de um clube de futebol madrileno, e a polícia utilizou depoimentos para chegar aos suspeitos. A Polícia Nacional da Espanha divulgou o vídeo de uma das ações de prisão.
🚩Así hemos llevado a cabo la detención de tres jóvenes en #Valencia como presuntos autores de un #DelitoDeOdio por las conductas racistas contra @vinijr
Los hechos sucedieron el pasado domingo en el partido de #fútbol entre el #ValenciaCF y el #RealMadrid pic.twitter.com/QZPLRpLZQU
— Policía Nacional (@policia) May 23, 2023
Valência
O Valencia afirmou estar cooperando com as autoridades e reforçou sua condenação veemente à violência e ao racismo. O clube prometeu banir os torcedores culpados e aplicar medidas severas contra qualquer manifestação racista no futuro.
Enquanto isso, espera-se que outras medidas sejam tomadas pelas autoridades e federações esportivas com o objetivo de reduzir o número de casos de racismo no futebol.