Postagens estão no antigo Twitter – Foto: Reprodução
O tráfico de drogas, que antes era uma atividade “escondida”, agora está escancarada para quem quiser ver. Se nas ruas a Polícia Militar e o Segurança Presente realizam ações ostensivas contra esse tipo de crime, os criminosos acharam nas redes sociais o terreno perfeito para atuarem.
Um criminoso, que se apresenta como sendo da comunidade Santa Marta, na Zona Sul do Rio de Janeiro, apareceu na rede social X (antigo Twitter) oferecendo seus “serviços” na Região Oceânica de Niterói. O bandido afirma estar com sua “base” na comunidade do Inferninho, em Piratininga.
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Para quem mora do outro lado da ‘poça’, seus problemas acabaram. O patrão ficou maluco, paquistanês brabo do Inferninho. Aquele gosto delicioso, aquela onda suave e todos os preços. Brota e confia, melhor de Niterói está no Inferninho de Piratininga”, anuncia o traficante.
Além disso, o traficante utiliza em seu nome de usuário uma bandeira vermelha, indicando possível ligação com a facção Comando Vermelho (CV). Segundo o Mapa dos Grupos Armados, do instituto Fogo Cruzado, divulgado na segunda-feira (15), a facção criminosa detém a hegemonia do crime organizado no Leste Fluminense.
Não há investigação
A Polícia Civil possui três delegacias com capacidade para investigar o caso: a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e a 81ª DP (Itaipu), distrital da área. Todavia, nenhuma delas está apurando o crime.
Polícia Civil não tem respostas – Foto: André Freitas/Folha do Leste
A reportagem do FOLHA DO LESTE perguntou à assessoria de imprensa da corporação se há inquéritos em andamento sobre o caso em questão. Não respondendo ao questionamento, o departamento de comunicação limitou-se a encaminhar a seguinte “nota padrão”:
A Polícia Civil monitora a ação de criminosos em redes sociais e realiza diligências para identificar e responsabilizar criminalmente os envolvidos.”
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O FOLHA DO LESTE insistiu e reiterou o pedido de informações sobre o caso específico do anúncio da venda de drogas através das redes sociais. Contudo, a Polícia Civil não respondeu, até o fechamento desta reportagem.
