
Internações por SRAG caem no RJ, mas vacinação segue crítica | Fernando Frazão/Agência Brasil
O estado do Rio de Janeiro registrou uma redução nas internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre os dias 18 e 24 de maio. De acordo com o boletim do Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), foram estimadas 220 hospitalizações, sendo 72 oficialmente confirmadas.
Apesar da leve queda, os números ainda não aliviam a preocupação da Secretaria Estadual de Saúde. A secretária Claudia Mello reforçou a urgência da vacinação contra vírus respiratórios, principalmente com a chegada do inverno.
“O período mais frio do ano ainda não começou, e a vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz para evitar o agravamento dos casos. Vamos nos reunir com os municípios nesta quarta-feira (4) para reforçar a necessidade de ampliar a cobertura vacinal”, afirmou.
Desde janeiro, o estado já soma 6.277 internações e 476 mortes relacionadas à SRAG. Em relação à semana anterior, os dados mostram aumento de 3,44% nas internações e 1,70% nos óbitos.
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Enquanto isso, a cobertura vacinal segue crítica. Apenas 836 mil doses foram aplicadas em grupos prioritários — menos de 20% da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. Ao todo, foram aplicadas 1,5 milhão de doses, número ainda insuficiente para garantir a proteção coletiva.
Crianças e idosos são os mais impactados
Desde fevereiro, as crianças de até nove anos concentram a maioria das hospitalizações por SRAG. Na faixa etária entre um e quatro anos, o vírus sincicial respiratório (VSR) tem sido o principal agente. Já entre os idosos, o SARS-CoV-2 dominou no início do ano, mas cedeu espaço para o vírus Influenza A a partir de março.
O painel de imunização mostra que o estado ainda tem um longo caminho até atingir a meta. A baixa adesão vacinal, principalmente entre os grupos mais vulneráveis, acende um alerta para as autoridades de saúde.