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Recuperação extrajudicial da Casas Bahia exclui trabalhadores

Recuperação extrajudicial da Casas Bahia exclui trabalhadores

Recuperação extrajudicial da Casas Bahia exclui trabalhadores

A gigante Casas Bahia anunciou neste domingo (29) um acordo salvador para reestruturar sua dívida bilionária. Com um plano audacioso, a empresa vai jogar a corda para os credores e terá até 6 anos para quitar R$ 4,1 bi em dívidas, incluindo as famosas Debêntures e CCBs.

Para aliviar o aperto, a empresa vai negociar os juros, que agora estarão atrelados ao CDI (com um plus de 1% a 1,5% ao ano). Além disso, os primeiros 2 anos terão carência para os juros e 3 anos para começar a pagar o principal.

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Dessa forma, a Casas Bahia espera ter um baita fôlego no caixa: R$ 4,3 bi nos próximos 4 anos, sendo R$ 1,5 bi já em 2024. A empresa garante que essa nova estrutura vai dar um up no seu crédito e facilitar a vida com fornecedores, seguradoras e futuros credores.

Essa renegociação só vale para as dívidas específicas que estão no acordo. Entretanto, as outras contas da Casas Bahia continuam do mesmo jeito.

O presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, está confiante no futuro:

“Vamos continuar focando em melhorar a eficiência e a produtividade, com disciplina no uso do capital para garantir rentabilidade e fluxo de caixa”, disse ele em nota.

Trabalhadores lutam por direitos na justiça

Mas nem tudo são flores. Uma auditoria recente revelou que a Casas Bahia corre risco de perder até R$ 9 bi em ações judiciais, a maioria trabalhistas. O resultado, divulgado em março, levou a empresa a cogitar o fechamento de até 70 lojas em 2024 para reduzir custos.

Em 2023, a empresa já reportou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões e a rotatividade de pessoal chegou a 30,3%, diante da demissão de 8,6 mil funcionários. Esse número equivalia a 20% do quadro total de pessoal da empresa. Além disso, houve o fechamento de 55 pontos considerados “deficitários” pela Casas Bahia.

As demissões representariam um impacto positivo de R$ 540 milhões no “plano de transformação” da Casas Bahia. O grupo também tem, sob seu controle, as marcas Ponto e Bartira.

No final do ano passado, a empresa tinha provisionado R$ 2,4 bilhões para processos judiciais, com R$ 1,8 milhões para créditos de natureza trabalhista.

Apesar do acordo com os credores, a Casas Bahia ainda enfrenta um futuro incerto, pois a empresa precisa lidar com as ações trabalhistas e garantir a saúde financeira a longo prazo. Por fim, resta saber se o novo acordo será suficiente para tirar a empresa do sufoco e garantir justiça aos seus trabalhadores.

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