Os aposentados Almir Barbosa, 86 anos, e Paulo Guimarães, 67, e os demais pacientes de Macaé que usam prótese auditiva, não precisam mais se deslocar várias vezes por ano ao município de Natividade, na Região Noroeste Fluminense, para fazer a manutenção do aparelho. A prefeitura inaugurou o Serviço Especializado de Saúde Auditiva (Sesa), nesta terça-feira (4), e eles foram os primeiros a serem atendidos na unidade do Centro de Reabilitação Dona Sid Carvalho, que funciona no Dona Alba, no Centro da cidade.
A coordenadora do Dona Sid, Janiane Nunes, disse que o Sesa dará suporte aos pacientes de todas as idades que usam prótese auditiva. Ela explicou que, por meio de parceria, Macaé transportava os pacientes, várias vezes por ano, para atendimento no programa auditivo no Centro Educacional Nosso Mundo (Cenom), de Natividade, referência em saúde auditiva, que habilitou e capacitou os profissionais do Sesa.
A secretária municipal adjunta de Atenção Básica, Natália Antunes, explicou que os pacientes passavam muitas horas na estrada para dar entrada, buscar o aparelho e realizar o acompanhamento. “Com o treinamento, esse acompanhamento, agora, passa a ser realizado em Macaé, evitando que os usuários façam muitas viagens por ano, diminuindo o desgaste físico deles. Além disso, também reduz os gastos públicos com o transporte”, destacou Natália.
“Com o Sesa, esses pacientes – a maioria idosos – vão a Natividade somente uma vez por ano para passarem pela avaliação anual do programa. Criamos o serviço como forma de reconhecer esse esforço que os pacientes faziam ao terem que se deslocar o ano inteiro para outro município. O Sesa é acolhimento e um serviço que preza pela qualidade de vida dos pacientes”, completou Janiane.
A equipe capacitada para o atendimento no Sesa é composta, além de Janiane, pela assistente social Raquel Pinto; e as fonoaudiólogas Karine Kasper e Andressa Oliveira. Por mês, o município atende cerca de 40 pacientes e o tratamento é contínuo, ou seja, por toda a vida.
“Melhorou demais sermos atendidos aqui mesmo na nossa cidade. Estou com o meu coração cheio de emoção, alegria e gratidão por isto. Esta equipe está de parabéns. Sempre tratou a gente muito bem”, disse Paulo Guimarães, morador da localidade de Imburo, que usa a prótese há 12 anos e foi o primeiro a ser atendido na inauguração do Sesa. Ele contou que ainda trabalha como lavrador e a perda de audição é genética. Ex-garçom e ciclista, Almir Gomes Barbosa disse que usa aparelho nos ouvidos há cinco anos. “Eu moro sozinho e sempre achei ruim ter de ir a Natividade para fazer a manutenção do aparelho. Moro no Cajueiros e chego rapidinho aqui (ao Sesa)”, comemorou.