Judô

Rafael Silva anuncia despedida das Olimpíadas em Paris

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Rafael Silva, conhecido carinhosamente como Baby, retorna ao Brasil com mais uma medalha em sua coleção de seis conquistas em Mundiais de judô. Aos 36 anos, ele se tornou o medalhista mais velho da história da competição, com um bronze na categoria +100kg em Doha. Um feito notável para alguém que cogitou se aposentar após as Olimpíadas de Tóquio. Baby, que já possui dois bronzes olímpicos, renovou sua motivação para a despedida olímpica em Paris 2024.

– Essa medalha no Mundial é algo que realmente coroa essa decisão (de continuar depois de Tóquio). O que me motiva é que ainda consigo melhorar nos treinos, ainda estou melhorando aspectos técnicos. Chegar lá e colocar isso à prova, conseguir trocar de igual para igual com adversários muito mais novos, acho que me motiva bastante ainda. A sensação de conseguir ir ao bloco final, conseguir ter aquele frio na barriga da disputa por medalha… Me alimento muito desses momentos. Olimpíadas são um momento em que essa energia é dobrada. Vale a pena continuar treinando e sonhando. Falta um ano e pouquinho só. Vou me preparar bastante para essa última dança – disse Baby em entrevista coletiva no Clube Pinheiros nesta terça-feira, horas depois de retornar do Catar.

Embora tenha ficado fora do pódio em Tóquio, Rafael Silva não deixou que a derrota o abatesse. Ele enfrentou dificuldades durante a recuperação de uma lesão antes dos Jogos, o que o fez considerar a aposentadoria. No entanto, sua idade avançada o obrigou a ajustar suas cargas de treinamento e encontrar um equilíbrio entre esforço e descanso, permitindo-lhe competir em igualdade de condições com adversários mais jovens.

– Quando voltei de Tóquio, eu não tinha experimentado voltar de Olimpíadas sem medalha. Foi bastante amargo, porque o processo da disputa pela vaga foi bastante difícil. Você começa a se questionar se ainda vale a pena treinar, se ainda vale a pena passar por tudo isso para chegar lá no final e as coisas não darem tão certo quanto a gente imagina. Pensei muito nisso. Conversei bastante com o Leandro (Guilheiro, treinador e medalhista olímpico), falei bastante com minha esposa. Eles me apoiaram bastante nessa questão: “Se você quiser continuar, a gente te apoia. Se você quiser parar, a gente te apoia também e tenta fazer a transição da melhor maneira possível”. Eu me mantive treinando durante esse tempo. As coisas foram melhorando. Teve uma competição em Israel, fui bem e depois dessa competição me motivei bastante a continuar sonhando em ir às Olimpíadas – disse o medalhista olímpico.

Atualmente, Baby está focado em conquistar sua terceira medalha olímpica em Paris, mas também está se preparando para uma transição de carreira. Ele está cursando gestão e pretende continuar no mundo do esporte. Com sua experiência e habilidade, Rafael Silva é um exemplo para atletas de todas as idades, mostrando que a determinação e o trabalho árduo podem levar a grandes conquistas.

– Com essa idade, a gente pode errar muito pouco na preparação. São várias engrenagens que você tem de trabalhar em um nível de detalhe muito alto. Tentar ajustar de melhor maneira possível a nutrição, a parte física, o que a gente tem feito dentro do tatame, de uma forma bastante equilibrada. Para mim hoje o mais difícil é saber os limites, o quanto tenho de treinar, o quanto tenho de descansar. A exigência é enorme. Se você não estiver preparado, o resultado fica mais difícil. Esse equilíbrio para mim hoje é o mais importante para ajustar. Tem que ter muita confiança no pessoal que está em volta e tentar equacionar isso de melhor maneira possível para poder ter esse ambiente em que o resultado acontece.

 

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