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Rádio Paradiso encerra as atividades em dial no Rio

Foto: Reprodução

Fim de uma era. A Rádio Paradiso 95,7 FM informou aos próprios funcionários que vai encerrar as atividades. Isso porque um grupo evangélico comprou o dial 95,7 FM da Alvorada, dona da frequência que estava arrendada ao Grupo Dial Brasil, responsável pela Paradiso. A informação é do jornalista Eduardo Moura, do portal Audiência Carioca.

Ainda de acordo com a publicação, os funcionários da rádio receberam o seguinte comunicado:

“Como todos sabem, nossos ‘dials’ são arrendados. Ontem, fomos informados pelo proprietário do dial 95,7 FM (Paradiso Rio) que ele foi vendido a um grupo evangélico”, disse, primeiramente, sem a informação de quando vai acontecer a mudança.

A emissora informa que está tentando buscar uma solução para o caso. “Estamos trabalhando incansavelmente para encontrar alternativas e manteremos todos informados à medida que o processo avançar”, disse, por fim.

Apesar da perda do dial 95,7 FM, o CEO da Dial Brasil se movimenta nos bastidores para conseguir uma nova frequência, de acordo com apuração da Folha do Leste.

Problemas desde a pandemia

A situação, embora tenha pegado de surpresa os funcionários, ao mesmo tempo, não é novidade nos bastidores do rádio carioca. Isso porque desde a pandemia a emissora passava por situações financeiras complicadas.

Na ocasião, em 2019, portanto, antes da chegada da covid, a rádio apostava em um formato talk com música, chegado a contratar Roberto Canázio, Ernani Alves, Carol Barreto, Mayra Charken e Fernando Ceylão. Entretanto, com as medidas restritivas impostas pelo novo coronavírus, os programas houve a extinção dos programas talk. Também ocorreu a rescisão dos contratos com os apresentadores, a exceção de Ceylão, que tinha saído da emissora ainda no fim de 2019.

Também no período do início da pandemia, uma demissão em massa movimentou os bastidores. Houve a dispensa de mais de 20 profissionais de uma vez.

Em 2023, a emissora passou por outro momento complicado com o fim do contrato de naming rights com a Sul-América Seguros. Embora o posicionamento oficial fosse de “recalcular a rota”, na prática houve mais demissões. Profissionais com mais de 10 anos de casa, por exemplo, saíram.

O final de 2023 e o início do ano seguinte até se mostrou animador com o novo  naming rights. Mas com apenas oito meses de contrato, a Amil, o apoiador em questão, optou por finalizar a parceria. Embora o comunicado oficial falasse em encerramento por comum acordo, na prática, de acordo com apuração da Folha do Leste, a empresa preferiu sair por não ter tido o retorno financeiro esperado com o contrato.

O portal tentou contato com Luiz Calainho, mas não obteve resposta até a publicação. Caso haja retorno, haverá atualização da reportagem.

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