O caso Vini Jr. segue repercutindo na Espanha e o tratamento dado a ele e a outros jogadores brasileiros no país tem sido alvo de críticas e indignação. Na última terça-feira (23), quatro homens foram presos por crime de ódio após pendurarem um boneco negro com a camisa do Real Madrid e o nome de Vinícius Jr. enforcado em uma ponte próxima ao centro de treinamento do clube, na capital espanhola. No entanto, para a surpresa de muitos, os homens foram soltos nesta quinta-feira (25) sob fiança. Ou seja: os racistas que ofenderam Vini Jr. pagaram para sair da cadeia.
Fiança é inaceitável
A liberação dos suspeitos desperta indignação e questionamentos sobre a eficácia das medidas adotadas pelo sistema de Justiça espanhol. Afinal, o que esperar de uma sociedade que permite a liberdade de pessoas acusadas de crimes de ódio e contra a etnia de um jogador? O fato é ainda mais alarmante ao considerar que os suspeitos poderão manter sua liberdade enquanto aguardam a conclusão do caso.
Além daqueles quatro racistas, outros três que foram presos por xingaram Vini Jr. de macaco,em Valencia no domingo (21), pagaram para sair da cadeia. Ainda há outras pessoas sendo procuradas pela polícia.
Punição distante
Diante disso, é fundamental que as autoridades esportivas, bem como as instituições de Justiça, ajam com rigor e punam aqueles que insistem em propagar o ódio e o racismo nos gramados e fora deles.
Enquanto isso, o tratamento dado a Vinícius Jr. e outros jogadores brasileiros que vivem no país continua sendo alvo de críticas. A xenofobia e o racismo não devem ser tolerados em qualquer ambiente. Muito menos no esporte, que deveria ser um espaço de inclusão e respeito à diversidade. Uma sociedade que não respeita seus cidadãos, discriminando-os por sua cor de pele, é uma sociedade doentia e que precisa urgentemente de mudanças estruturais.
