Para o Sul-Americano, o técnico Ramon Menezes já sofrera com os desfalques devido à não liberação de vários jogadores para o grupo que disputaria (e venceria) a competição. Os principais, claro, Endrick, do Palmeiras, e Vitor Roque, do Athletico Paranaense, considerados os dois principais jogadores dessa geração.
O mesmo aconteceu para o Mundial que terminou, para o Brasil, neste sábado na Argentina. O Verdão chegou a cogitar liberar Endrick, uma tentativa de “recuperar” o bom jogo do garoto, que vem em baixa no Palmeiras – tanto que não é mais titular da equipe comandada por Abel Ferreira. No entanto, a liberação não se confirmou. Baixa importante para Ramon Menezes.
Com Vitor Roque o não do Furacão foi definitivo. Ele, pelo menos, tem atuado na equipe paranaense na Libertadores, no Brasileiro e na Copa do Brasil. Só que o prejuízo para a seleção brasileira foi enorme.
Certamente os cartolas de Palmeiras e Athletico Paranaense agora chegarão nos garotos e dirão algo do tipo “viu como foi bom você não ir…”. Bem diferente, por exemplo, do que aconteceu com o atacante Pedro, que o Flamengo não liberou para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 e viu seus companheiros de convocação chegarem com a medalha de ouro.
Claro que a possível presença de Endrick, Vitor Roque ou sabe-se lá mais quem, não seria certeza de vitórias para o Brasil. Só que não é justo para o torcedor ver sua seleção nacional privada de grandes talentos por decisões unilaterais de dirigentes.
Essa era, talvez, a melhor geração sub-20 do Brasil na última década (ficamos fora dos dois Mundiais anteriores). E fomos eliminados em um dia em faltaram opções ao treinador para tentar mudar o rumo da partida.