
Quadrilha de agiotagem sofre denúncia no Leste Fluminense | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou nesta sexta-feira (13) 12 integrantes de uma organização criminosa. O grupo, especializado em agiotagem e extorsão por meio de lavagem de dinheiro, operava escritórios em várias cidades do estado, incluindo Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Maricá.
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As investigações revelaram que a quadrilha utilizava empresas de fachada e “laranjas” para ocultar a origem ilícita dos recursos obtidos com essas práticas ilegais. Entre as empresas envolvidas estão Ômega Planejados & Decorações, Construtora MR Empreendimentos Imobiliários e Ferreira & Fonseca Consultoria e Monitoria, que movimentaram milhões de reais em atividades suspeitas.
De acordo com o Gaeco e a Coordenadoria de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (CCLD) da Polícia Civil, a Ômega Planejados movimentou mais de R$ 6 milhões entre 2010 e 2013. Além disso, a Ferreira & Fonseca realizou depósitos fracionados, característicos de pagamentos de agiotagem, em valores baixos e com frequência mensal, feitos por diversas pessoas físicas.
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O esquema contava com um escritório central denominado “controle”, que registrava e coordenava todas as ações da quadrilha, desde o contato inicial com as vítimas até a formalização dos negócios. Essas movimentações financeiras serviam para disfarçar a origem criminosa dos lucros obtidos.
Os promotores destacaram que os líderes da organização criminosa, em um curto período, acumularam um patrimônio imobiliário milionário. Imóveis foram adquiridos com o objetivo de ocultar os lucros obtidos através das atividades ilegais. A denúncia contra o grupo foi aceita pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa.