Rio reforça fiscalização contra bebidas adulteradas após alerta de metanol

Rio reforça fiscalização contra bebidas adulteradas após alerta de metanol | Arquivo/Agência Brasil
O Rio vai reforçar a fiscalização de bebidas alcoólicas para evitar intoxicações por metanol. A medida, publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (1º), surge após casos graves em São Paulo e Pernambuco. Até agora, não há registros no estado do Rio.
A partir desta quinta-feira (2), equipes da Secretaria Municipal de Saúde iniciam vistorias em bares, restaurantes e pontos de venda. O objetivo é retirar de circulação bebidas sem origem comprovada e punir estabelecimentos irregulares. As sanções vão de multa até cassação de alvará, além da apreensão imediata dos produtos.
O decreto amplia a atuação do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Vegetal (SIM-RIO/POV). Fiscais vão verificar rótulos, embalagens, ingredientes, vasilhames, condições de higiene e processos produtivos. Além disso, poderão recolher amostras para perícia, auditoria e contraprova.
As bebidas só podem circular se atenderem critérios de qualidade, quantidade dos componentes e ausência de contaminações. Estabelecimentos, por sua vez, precisam garantir estrutura adequada, utensílios próprios e um responsável técnico registrado.
Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes alertou sobre os riscos.
“Determinei rigor máximo no controle de produtores de bebidas. E reforço: evitem consumir destilados sem procedência confiável. A dimensão dessa crise ainda é incerta”, escreveu.
Ministério da Saúde
Enquanto isso, o Ministério da Saúde confirmou 43 notificações de intoxicação por metanol. Dez casos foram confirmados em São Paulo. Sete mortes seguem sob investigação — cinco em São Paulo e duas em Pernambuco. Até agosto, o Brasil registrava em média 20 casos por ano. O número atual acendeu um alerta nacional.
A pasta montou uma Sala de Situação para monitorar os casos e enviou nota técnica a estados e municípios. A orientação é notificar imediatamente toda suspeita. O Ministério da Justiça também acompanha o caso e a Polícia Federal investiga a ação de uma possível organização criminosa.
O metanol é altamente tóxico. Pode causar dor abdominal, visão turva, náusea e confusão mental. Os sintomas aparecem de 12 a 24 horas após o consumo. Diante de qualquer suspeita, especialistas recomendam procurar atendimento médico imediato.
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