Relações Brasil-EUA atingem “ponto mais sombrio em dois séculos”, diz diplomata

Relações Brasil-EUA atingem “ponto mais sombrio em dois séculos”, diz diplomata | Reprodução/Wikimedia Commons
O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, embaixador Christopher Landau, afirmou na noite desta quinta-feira (12) que a relação entre o Brasil e os EUA atingiu o “ponto mais sombrio em dois séculos”. A declaração se refere à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentar dar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022.
Landau criticou o ministro Alexandre de Moraes: “Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro destruindo o estado de direito e levando as relações entre nossas nações ao seu ponto mais sombrio em dois séculos”, escreveu em seu perfil no X. Ele ainda acrescentou:
“Enquanto o Brasil deixar o destino de nossa relação nas mãos do ministro Moraes, não vejo solução para essa crise”.
O diplomata compartilhou comentários do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que ameaçou o Brasil com mais sanções após a condenação de Bolsonaro.
Rubio afirmou que “as perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”.
Entre as possíveis medidas, estão a extensão da Lei Magnitsky a outros ministros que votaram a favor da condenação de Bolsonaro, inclusão de familiares deles, além da suspensão de vistos e tarifas secundárias pela compra de petróleo russo. Fontes de Washington indicam que Viviane Barci Moraes, esposa do ministro, pode ser incluída na Lei Magnitsky em breve.
Na semana passada, Rubio disse a uma comitiva de empresários da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que a questão das tarifas ao Brasil era política. Segundo ele, fazer lobby em Washington não adiantaria; a negociação precisa ser feita em Brasília.
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