Presidente da Mocidade preso em operação contra jogo do bicho no Rio

Presidente da Mocidade preso em operação contra jogo do bicho no Rio | Reprodução/TV Record
O presidente da Mocidade preso virou símbolo da ofensiva do Ministério Público do Rio contra a nova cúpula do jogo do bicho. A operação do Gaeco, nesta sexta (3), alcançou Flávio da Mocidade, patrono da escola, e o contraventor Rogério de Andrade, já em regime federal. Além disso, o herdeiro Vinicius Drumond sofreu buscas em endereços ligados à Imperatriz Leopoldinense.
Os agentes agiram cedo. Na Barra da Tijuca, capturaram Flávio em casa. Em seguida, confirmaram a permanência de Rogério na Penitenciária Federal de Campo Grande. Segundo o Gaeco, os dois controlam desde 2014 a maior rede de exploração de jogos de azar no Rio. O grupo financia disputas armadas e corrompe policiais civis e militares com propina regular.
Histórico
Flávio acumula histórico de violência. Em 2023, ele caiu por envolvimento no homicídio de um rival. Agora, retorna ao sistema federal de segurança máxima. Rogério, por sua vez, mantém condenação pelo assassinato de Fernando Iggnácio, morto em 2020 durante a disputa pelo espólio de Castor de Andrade.

Presidente da Mocidade preso em operação contra jogo do bicho no Rio | Reprodução/Mocidade Independente de Padre Miguel/Facebook
Enquanto isso, Vinicius Drumond enfrenta outra frente. Policiais vasculharam a quadra da Imperatriz, em Ramos, e um haras em Cachoeiras de Macacu. Filho de Luizinho Drumond, ele herdou a influência do pai e, em julho, sobreviveu a um atentado na Barra. O carro blindado que dirigia recebeu cerca de 30 disparos de fuzil.
O MPRJ afirma que Flávio, Rogério e Vinicius comandam hoje a chamada “nova cúpula do bicho”. Essa aliança sustenta negócios ilegais e influencia bastidores do Carnaval. O elo entre o crime e as escolas de samba segue firme, revelando como a festa mais popular do Rio ainda convive com o poder da contravenção.
+ MAIS NOTÍCIAS DO RIO DE JANEIRO? CLIQUE AQUI