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Percepção de ameaças no Brasil cresce e destaca desinformação e hackeamentos

Percepção de ameaças no Brasil cresce e destaca desinformação e hackeamentos | Pedro França/Agência Senado

O estudo ouviu 23.586 pessoas em 30 países e revelou que quase 80% dos brasileiros enxergam desinformação e ataques cibernéticos como ameaças reais. Os dados mostram que a percepção nacional segue a tendência mundial. No Brasil, mil pessoas participaram da pesquisa realizada entre 19 de setembro e 3 de outubro.

Segundo o levantamento, 75% dos entrevistados no país veem risco significativo de desinformação, enquanto 70% consideram o hackeamento uma ameaça concreta. A média global para ambos os indicadores ficou em 77%. A Ipsos destaca que a preocupação com ambientes digitais cresce porque atividades maliciosas influenciam decisões sociais e criam vulnerabilidades.

O relatório também mostrou que 49% dos brasileiros confiam na resposta do governo diante da desinformação. O índice cai para 46% quando a avaliação se volta a desastres naturais. Para a Ipsos, os números indicam confiança moderada e em linha com outros países.

A pesquisa ainda aponta que 80% dos participantes no mundo acreditam que o cenário internacional ficou mais perigoso. No Brasil, 72% compartilham da mesma percepção. Nesse contexto, 79% dos brasileiros defendem manutenção de uma força de defesa sólida, mesmo em tempos de paz. A média global é de 83%.

O estudo mostra que 60% dos entrevistados entendem que governos devem ampliar gastos militares. Em paralelo, 64% avaliam que o poder econômico supera o militar como fator de influência global. Entre brasileiros, 59% concordam com essa leitura. Sobre sistemas de defesa baseados em inteligência artificial, 62% dos brasileiros acreditam que a tecnologia pode representar risco, índice idêntico ao global.

A pesquisa também mensurou opiniões sobre democracia. Para 59% dos brasileiros, o país representa um bom exemplo democrático, aumento de cinco pontos percentuais em relação a 2024. Ao mesmo tempo, 73% afirmam que a democracia está em risco. O percentual repete o observado entre os entrevistados dos Estados Unidos.

A percepção sobre o papel internacional do país também apareceu no estudo. Para 75% dos brasileiros, o Brasil deve atuar como líder moral. Outros 81% defendem colaboração internacional mesmo sem garantia de atender plenamente seus interesses. Já 78% acreditam que, diante dos desafios econômicos, o país deve focar mais em questões internas.

A avaliação sobre relações exteriores dos Estados Unidos trouxe polarização. A pesquisa mostra que 29% dos brasileiros consideram os EUA o país com quem gostariam de manter relações mais próximas. No entanto, 37% enxergam os norte-americanos como a maior ameaça de segurança para o Brasil.

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