Moraes manda soltar Rodrigo Bacellar após Alerj revogar prisão

Rodrigo Bacelar, na ocasião em que foi reeleito presidente da Alerj para mais dois anos de mandato com o voto de todos os deputados
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal —STF, após a decisão tomada na segunda-feira (8) pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro — Alerj para revogar a prisão do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União), já mandou soltar o parlamentar. Entretanto, considerando haver indícios de eventual prática de crime permanente, o magistrado entendeu poder adotar outras medidas cautelares diversas da restrição de liberdade. A prisão ocorreu na quarta-feira da semana passada.
Medidas cautelares determinadas
Dessa forma, o ministro do STF determinou o afastamento de Rodrigo Bacellar da presidência da Alerj enquanto durar o inquérito. Além disso, ordenou que ele use tornozeleira eletrônica pelo mesmo período. O deputado ainda terá de se submeter ao recolhimento domiciliar das 19h às 6h de segunda a sexta-feira e nos finais de semana, feriados e dias de folga. Tanto seus passaportes — caso ele tenha mais de um — assim como seus portes de arma estão suspensos e devem ser entregues.
A acusação que pesa contra Rodrigo Bacellar se refere a um suposto vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun. A ação prendeu o deputado estadual em exercício TH Joias (MDB), afiliado político de Washington Reis, cacique político do MDB no Rio de Janeiro e desafeto político de Rodrigo Bacellar.
Contexto político confuso
Em outras palavras, na visão da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, o presidente da Alerj — ora afastado — teria cometido crime de obstrução de justiça e outros mais em favor do aliado de uma persona non grata dele próprio. Vale lembrar que Rodrigo Bacellar, enquanto governador interino do estado, exonerou Washington Reis da secretaria de Transportes. Este episódio deu início a uma crise entre ele e o governador do estado, Claudio Castro.
Ainda assim, segundo a PF e a Procuradoria-Geral da República, há indícios de que Bacellar faria parte de uma organização criminosa. Durante a sessão que deliberou pela revogação da prisão, aliados de Bacellar argumentaram que a única prova trazida a público nesse sentido seriam prints de conversas de WhatsApp.
Um dia antes de sua prisão, o então deputado TH Joias enviou várias mensagens através do aplicativo ao deputado Rodrigo Bacellar. Este lhe respondeu com uma figurinha do tipo meme. Em seguida, usou a frase “larga isso aí seu doido”.



























